Blog do José Renato
Algumas coisas que escrevo ou leio...
sexta-feira, 13 de março de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
sábado, 13 de julho de 2013
O médico e sua ética
Por Mauro
Santayana
Em 1956,
conheci, na cidade do Serro, em Minas, o médico Antonio Tolentino, que era o
profissional mais idoso ainda em atividade no Brasil. Ele chamava a atenção por
dois motivos: coubera-lhe assistir ao parto de Juscelino, em 1902, e não
alterara o valor da consulta, que equivalia, então, a cinco cruzeiros.
Entrevistei-o, então, para a Revista Alterosa, editada em Minas e já
desaparecida. -
Em razão da
matéria, o deputado federal Vasconcelos Costa obteve, da Câmara, uma pensão
vitalícia da União para o médico, que morreu logo depois. Ele tinha, na época,
94 anos – e setenta de atividade. Seus descendentes criaram um museu, em sua
casa e consultório. Uma das peças é o anúncio que fez, logo no início da
carreira: “aos pobres, não cobramos a consulta".
Confesso o
meu constrangimento. Estou em idade em que dependo, e a cada dia mais, de
médicos, e de bons médicos, é claro. Tenho, entre eles, bons e velhos amigos. O
que me consola é que os meus amigos estão mais próximos da filosofia de vida do
médico Antonio Tolentino, do que dos que saíram em passeata, em nome de seus
direitos, digamos, humanos.
Mais do que
outros profissionais, os médicos lidam com o único e absoluto bem dos seres,
que é a vida. Os enfermos a eles levam as suas dores e a sua esperança. É da
razão comum que eles estejam onde se encontram os pacientes – e não que eles
tenham que viver onde os médicos prefiram estar.
De todos os
que trataram do assunto, a opinião que me pareceu mais justa foi a de Adib
Jatene. Um dos profissionais mais respeitados do Brasil, Jatene acresce à sua
autoridade o fato de ter sido, por duas vezes, Ministro da Saúde. Ele está
preocupado, acima de tudo, com a qualidade do ensino médico no Brasil. Se
houvesse para os médicos exames de avaliação, como o dos bacharéis em direito,
exigido pela OAB para o exercício profissional, o resultado seria
catastrófico.
Jatene
recomenda a formação de bons clínicos e, só a partir disso, a especialização
médica. Os médicos de hoje estão dependentes, e a cada dia mais, dos
instrumentos tecnológicos sofisticados de diagnóstico, e cada vez menos
de seu próprio saber. O vínculo humano entre médico e paciente – salvo onde a
medicina é estatizada – é a cada dia menor. Assim, Jatene defende o sistema do
médico de família. Esse sistema permite o acompanhamento dos mesmos pacientes
ao longo do tempo, e a prática de medidas preventivas, o que traz mais
benefícios para todos.
Entre outras
distorções da visão humanística do Ocidente, provocadas pela avassaladora
influência do capitalismo norte-americano, está a de certo exercício da
medicina e da terapêutica. A indústria farmacêutica passou a ditar a ciência
médica, a escolher as patologias em que concentrar as pesquisas e a produção de
medicamentos. A orientação do capitalismo, baseada no maior lucro, é a de que
se deve investir em produtos de grande procura, ou, seja, para o tratamento de
doenças que atinjam o maior número de compradores. Dentro desse espírito, a
medicina, em grande parte, passou a ser especulação estatística e
probabilística.
Os médicos
protestam contra a contratação de profissionais estrangeiros, pelo prazo de
três anos, para servir em cidades do interior, onde há carência absoluta de
profissionais. Não seriam necessários, se os médicos brasileiros fossem bem
distribuídos no território nacional, mesmo considerando a má preparação dos
formados em escolas privadas de péssima qualidade, que funcionam em todo o
país.
Ora, o
governo oferece condições excepcionais para os que queiram trabalhar no
interior. O salário é elevado, de dez mil reais, mais moradia para a família, e
alimentação. É muitíssimo mais elevado do que o salário oferecido aos
engenheiros e outros profissionais no início de carreira. Ainda assim, não os
atraem. E quando o governo acrescenta ao currículo dois anos de prática no SUS,
no interior e na periferia das grandes cidades, vem a grita geral.
Formar-se em
uma universidade é, ainda hoje, um privilégio de poucos. Os ricos são
privilegiados pelo nascimento; os pais podem oferecer-lhe os melhores colégios
e os cursos privados de excelência, mas quase sempre vão para as melhores
universidades públicas, bem preparados que se encontram para vencer a
seleção dos vestibulares. Os pobres, com a ilusão do crescimento pessoal,
sacrificam os pais e pagam caro a fim de obter um diploma universitário que
pouco lhes serve na dura competição do mercado de trabalho.
Um médico
sugeriu que a profissão se tornasse uma “carreira de estado”, como o Ministério
Público e o Poder Judiciário. Não é má a idéia, mas só exeqüível com a total
estatização da medicina. Estariam todos os seus colegas de acordo? Nesse caso
não poderiam recusar-se a servir onde fossem necessários.
Temos, no
Brasil, o serviço civil alternativo que substitui o serviço militar
obrigatório, e é prestado pelos que se negam a portar armas. Embora a objeção
possa ser respeitada em tempos de paz, ela não deve ser aceita na eventualidade
da guerra: a defesa da nação deve prevalecer. Mas seria justo que não só os
pacifistas fossem obrigados, pela lei,depois de formados pelos esforços da
sociedade como um todo, a dar um ou dois anos de seu trabalho à comunidade
nacional, ali e onde sejam necessários. Nós tivemos uma boa experiência, com o
Projeto Rondon, que deveria ser mais extenso e permanente como instituição no
Brasil.
As
manifestações recentes mostram que todos, em seus conjuntos de interesses,
querem mais do Estado em seu favor. Não seria o caso de oferecerem alguma coisa
de si mesmos à sociedade nacional? Dois anos dos jovens médicos trabalhando no
SUS – remunerados modestamente e com os gastos pagos pelo Erário – seriam um
bom começo para esse costume. E a oportunidade de aprenderem, com os desafios
de cada hora, a arte e o humanismo que as más escolas de medicina lhes negaram.
* Pescado aqui, no Esquerdopata.
sábado, 8 de junho de 2013
Quarenta anos de Krig-ha, Bandolo!
Leio que há exatos quarenta anos, em 7 de julho de 1973, Raul Seixas lançou seu disco solo Krig-ha, bandolo!
Eu tinha dez anos, e lembro perfeitamente do dia em que algum outro guri levou esse disco (provavelmente vários meses depois) em uma matinê do Cine Lux. E de como a gente o examinava, curioso.
Confesso que me chamava mais atenção a referência ao grito do Tarzan - Cuidado, inimigo! -do que o disco em si. E a contradição entre a magricelice do cantor, na foto de capa do long-play, com musculatura do herói, exposta nos gibis da época, tamanho grande, capa colorida, quadrinhos em preto-e-branco.
Pois nesse disco, Raulzito lançou quatro das cerca de dez obras-primas de sua carreira: "Metamorfose Ambulante", "Mosca na Sopa", "Ouro de Tolo" e "Al Capone", este último em parceria com Paulo Coelho.
Eu tenho para mim que Raul não era deste planeta. Acho que ele caiu de uma estrela, não se adaptou a nossos costumes, mas mesmo assim deu uma contribuição formidável à cultura de sua época. Depois, foi levado embora, pela mesma nave que uns anos antes já tinha levado o Elvis.
Não há grande coisa no Youtube, de clipes do Raul. Assim, comemoro a data com o vídeo mais simples que encontrei, apelas a letra de "Ouro de Todo" acompanhando a voz e música do maluco beleza.
Bom proveito.
domingo, 2 de junho de 2013
terça-feira, 5 de março de 2013
sábado, 5 de janeiro de 2013
Subcomandante Marcos está de volta.
* Eduardo Febbro
Cidade do México – Dezembro é o mês dos levantes. Ao término de um largo
período de poucas intervenções, o subcomandante Marcos reapareceu com sua prosa
e com a ação para instalar o movimento zapatista no horizonte da agenda
política do recém- eleito presidente Enrique Peña Nieto, cuja vitória marcou o
retorno do Partido Revolucionário Institucional (PRI) ao poder, após 12 anos na
oposição.
Já se passaram cerca de duas décadas desde que, logo após a
meia noite de 31 de dezembro de 1993, o então presidente mexicano Carlos Salinas
de Gortari ingressou no ano de 1994 com um brinde aguado: estava festejando o
ano novo e a entrada em vigor do Tratado de Livre Comércio da América do Norte
quando o ministro da Defesa da época o informou que um grupo armado acabava de
tomar a localidade de San Cristóbal de las Casas e vários pontos de Chiapas, o
Estado situado ao sul da península de Yucatã.
O Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) impôs-se
na política mexicana junto a seu líder, o subcomandante Marcos. O subcomandante
e os zapatistas romperam o modelo dos tradicionais grupos revolucionários
latino-americanos: eram majoritariamente indígenas e seu discurso e suas
demandas estavam distantes das entonações marxistas, desenhando uma exigência
democrática para um México que ainda era governador ininterruptamente pelo PRI.
Os combates daquele primeiro levante duraram quase duas semanas ao final das
quais houve centenas de mortos. Salinas de Gortari decretou um cessar-fogo e o
subcomandante Marcos ganhou a batalha, não com as armas, mas sim com as
palavras.
Em um inesquecível comunicado dirigido à imprensa, Marcos
respondeu ao suposto “perdão” oferecido pelo governo federal:
"Do que devemos
pedir perdão? Do que vão nos perdoar? De não morrermos de fome? De não nos
calarmos em nossa miséria? De não ter aceitado humildemente a gigantesca carga
histórica de desprezo e abandono? De termos nos levantado em armas quando
encontramos todos os outros caminhos fechados? De não termos observado o Código
Penal de Chiapas, o mais absurdo e repressivo do qual se tem memória? De ter
demonstrado ao resto do país e ao mundo inteiro que a dignidade humana ainda
vive e está presente em seus habitantes mais empobrecidos? De termos nos
preparado bem e de forma consciente antes de iniciar? De ter levado fuzis para
o combate, no lugar de arcos e flechas. De ter aprendido a lutar antes de
fazê-lo? De todos sermos mexicanos? De sermos majoritariamente indígenas? De
chamar todo o povo mexicano a lutar de todas as formas possíveis em defesa do
que lhes pertence? De lutar pela liberdade, democracia e justiça? De não seguir
os padrões das guerrilhas anteriores? De não nos rendermos? De não nos
vendermos? De não nos trairmos?"
Denso, legítimo, inapagável. Transcorreram quase vinte anos,
houve muitos mortos em Chiapas, repressão, matanças como as Acteal (com 45
indígenas assassinados), centenas de páginas da prosa literária com a qual o
subcomandante Marcos seduziu o mundo, um enorme terremoto político no México e,
sobretudo, o fim do mandato interrompido do PRI e a chegada ao poder de outra
força política, o conservador Partido da Ação Nacional (PAN), que governou o
México durante dois mandatos consecutivos: Vicente Fox (2000-2006) e Felipe
Calderón (2006-2012).
O PRI retornou ao poder em dezembro de 2012, após seu
candidato, Enrique Peña Nieto, ganhar as eleições presidenciais de julho do ano
passado. E com o PRI voltou também o zapatismo, com a ação e a palavra. Após um
longo período de recesso, o Exército Zapatista de Libertação Nacional irrompeu
no espaço público em dois tempos: primeiro, no dia 21 de dezembro com uma
mobilização silenciosa da qual participaram 40 mil pessoas com o rosto coberto
com o gorro popularizado pelo subcomandante. Marcos divulgou um
comunicado nesta marcha
zapatista que percorreu várias comunidades dizendo: Escutaram? É o som de seu
mundo desmoronando, e o do nosso ressurgindo. A marcha do dia 21 foi a maior
mobilização protagonizada pelos zapatistas desde que pegaram em armas no dia 1º
de janeiro de 1994.
A escolha da data não foi casual: coincidiu com o décimo-quinto
aniversário do massacre de Acteal perpetrado por paramilitares e no qual
morreram 45 indígenas, em sua grande maioria mulheres e crianças. O governo
mexicano atribuiu à matança a um conflito étnico e condenou 20 indígenas. Após
11 anos de prisão, os acusados recuperaram a liberdade devido a irregularidades
no processo.
O segundo tempo da instalação do zapatismo na agenda política
foi assumido pelo subcomandante Marcos mediante duas cartas e um copioso
comunicado nos quais, com sua verve habitual, entre crítico, poético e
guerreiro, interpela e despedaça a classe política em seu conjunto, esquerda e
direita, os meios de comunicação e o presidente Enrique Peña Nieto, a quem
exige que cumpra com os acordos de San Andrés (Acordos de San Andrés sobre Direitos
e Cultura Indígena firmados em 16 de fevereiro de 1996 pelo governo mexicano do
presidente Ernesto Zedillo e pelo EZLN).
Estes textos que figuram nas cartas do Comitê Clandestino
Revolucionário Indígena são os primeiros em extensão que, nos últimos dois
anos, levam a assinatura do subcomandante Marcos. O líder mexicano anuncia uma
série de ações cívicas e, desde o princípio, assinala o caminho que será
seguido: “A nossa mensagem não é de resignação, não é de guerra, morte ou
destruição. Nossa mensagem é de luta e de resistência”.
O subcomandante arremete contra o atual presidente,
acusando-o de ter chegado ao poder mediante um “golpe midiático” e destaca que
“estamos aqui presentes para que eles saibam que se eles nunca se forem, nós
tampouco”. O insurgente zapatista não livrou ninguém: critica a esquerda de
Manuel López Obrador, os governos passados e presentes e a imprensa por ter
pretendido sentenciar a desaparição do zapatismo. “Nos atacaram militar,
política, social e ideologicamente. Os grandes meios de comunicação tentaram
fazer com que desaparecêssemos, com a calúnia servir e oportunista em um
primeiro momento, com o silêncio e cumplicidade, depois”.
Marcos celebra o nível de vida que gozam os indígenas da
região, muito superior, escreve, “ao das comunidades indígenas simpáticas aos
governos de plantão, que recebem as esmolas e as gastam em álcool e artigos
inúteis. Nossas casas melhoraram sem danificar a natureza, impondo a ela
caminhos que lhe são alheios. Em nossas comunidades, a terra que antes era
usada para engordar o gado de latifundiários, agora é para cultivar o milho, o
feijão e as verduras que iluminam nossas mesas”.
Este comunicado constitui um aparato crítico e um programa de
ação que compreende “iniciativas de caráter civil e pacífico”, uma tentativa de
“construir as pontes necessárias na direção dos movimentos sociais que surgiram
e surgirão”, e, sobretudo, a preservação irredutível de uma “distância crítica
frente à classe política mexicana”. O subcomandante Marcos coloca o governo
ante o desafio de demonstrar “se continua a estratégia desonesta de seu
antecessor, que além de corrupto e mentiroso, tomou dinheiro do povo de Chiapas
para o enriquecimento próprio e de seus cúmplices”. Sem piedade ante o novo
Executivo, Marcos dedica extensos parágrafos a lembrar o passado de alguns
membros do atual governo.
Com o PRI no poder o zapatismo voltou a ocupar espaço na
agenda nacional como soube fazer com tanto êxito em anos anteriores. Os
analistas, partidários e adversários de Marcos, estão divididos acerca da
capacidade que o subcomandante ainda possui para mobilizar um país açoitado
pela violência gerada por esse novo ator decisivo que é o narcotráfico.
* Tradução: Katarina
Peixoto. Pescado aqui, no Carta Maior.
domingo, 30 de dezembro de 2012
Com que roupa?
Há exatos 82 anos, em 30 de dezembro de 1930, Noel Rosa gravou seu primeiro grande samba, "Com que roupa?", pela gravadora Phono-Arte. O sucesso foi estrondoso, resultando na venda de 15 mil cópias.
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Noel recém havia completado vinte anos (nasceu em 11 de dezembro de 1910), e logo adiante abandonou de vez os estudos da faculdade de medicina, dedicando-se integralmente à boemia.
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Posto aí em cima um pedadinho do filme "Noel o Poeta da Vila", que mostra uma divertida versão do processo criativo dessa música. Até fiquei sabendo que a primeira estrofe é baseada no Hino Nacional. Se non é vero, é ben trovato.
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Abaixo, a música completa, na voz do próprio.
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sábado, 29 de dezembro de 2012
Se você jurar...
Ontem eu e a Djanira assistimos um belo filme: "Noel".
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Antes que perguntem, esclareço que não é sobre o Papai Noel. É sobre a vida de Noel Rosa, grande compositor carioca da primeira metade do século XX. Noel Rosa deixou uma obra que, segundo os entendidos, somente pode ser comparada à do próprio Chico Buarque de Holanda. Eu não manjo muito, mas acredito.
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Acordei com a música da abertura, "Se você Jurar", batucando dentro da minha cabeça, hoje. Música que, estranhamente, não é do Noel, mas de Ismael Silva, outro grande sambista.
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Bueno, é só digitar "Noel Rosa, o filme", no Youtube, e assistir de grátis. Fica a dica.
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Mas cá entre nós, a vida de Lupicínio Rodrigues também daria uma beleza de filme...
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Para não deixar que esqueçam...
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Hoje faz 24 anos do homicídio de Chico Mendes, herói brasileiro, defensor dos povos da floresta.
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Hoje faz 24 anos do homicídio de Chico Mendes, herói brasileiro, defensor dos povos da floresta.
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domingo, 23 de dezembro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Fidel Castro agoniza
* Por
Fidel Castro
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Bastó
un mensaje a los graduados del primer curso del Instituto de Ciencias Médicas
“Victoria de Girón”, para que el gallinero de propaganda imperialista se
alborotara y las agencias informativas se lanzaran voraces tras la mentira.
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No solo eso, sino que en sus despachos cablegráficos le añadieron al paciente las más insólitas estupideces.
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No solo eso, sino que en sus despachos cablegráficos le añadieron al paciente las más insólitas estupideces.
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El periódico ABC de España, publicó que un médico venezolano que
radica no se sabe donde, reveló que Castro había sufrido una embolia masiva en
la arteria cerebral derecha, “puedo decir que no vamos a volverlo a ver
públicamente”. El presunto médico, que si lo es abandonaría primero a sus
propios compatriotas, calificó el estado de salud de Castro como “muy cercano
al estado neurovegetal”.
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Aunque
muchas personas en el mundo son engañadas por los órganos de información, casi
todos en manos de los privilegiados y ricos, que publican estas estupideces,
los pueblos creen cada vez menos en ellas. A nadie le gusta que lo engañen;
hasta el más incorregible mentiroso, espera que le digan la verdad. Todo el
mundo creyó, en abril de 1961, las noticias publicadas por las agencias
cablegráficas acerca de que los invasores mercenarios de Girón o Bahía de
Cochinos, como se le quiera llamar, estaban llegando a La Habana, cuando en
realidad algunos de ellos trataban infructuosamente de llegar en botes a las
naves de guerra yankis que los escoltaban.
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Los
pueblos aprenden y la resistencia crece frente a las crisis del capitalismo que
se repiten cada vez con mayor frecuencia; ninguna mentira, represión o nuevas
armas, podrán impedir el derrumbe de un sistema de producción crecientemente
desigual e injusto.
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Hace
pocos días, muy próximo al 50 aniversario de la “Crisis de Octubre”, las
agencias señalaron a tres culpables: Kennedy, recién llegado a la jefatura del
imperio, Jruschov y Castro. Cuba nada tuvo que ver con el arma nuclear, ni con
la matanza innecesaria de Hiroshima y Nagasaki perpetrada por el presidente de
Estados Unidos Harry S. Truman, estableciendo la tiranía de las armas
nucleares. Cuba defendía su derecho a la independencia y a la justicia social.
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Cuando
aceptamos la ayuda soviética en armas, petróleo, alimentos y otros recursos,
fue para defendernos de los planes yankis de invadir nuestra Patria, sometida a
una sucia y sangrienta guerra que ese país capitalista nos impuso desde los
primeros meses, y costó miles de vidas y mutilados cubanos.
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Cuando
Jruschov nos propuso instalar proyectiles de alcance medio similares a los que
Estados Unidos tenía en Turquía —más cerca todavía de la URSS que Cuba de
Estados Unidos—, como una necesidad solidaria, Cuba no vaciló en acceder a tal
riesgo. Nuestra conducta fue éticamente intachable. Nunca pediremos excusa a
nadie por lo que hicimos. Lo cierto es que ha transcurrido medio siglo, y aun
estamos aquí con la frente en alto.
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Me
gusta escribir y escribo; me gusta estudiar y estudio. Hay muchas tareas en el
área de los conocimientos. Nunca las ciencias, por ejemplo, avanzaron a tan
asombrosa velocidad.
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Dejé de
publicar Reflexiones porque ciertamente no es mi papel ocupar las páginas de
nuestra prensa, consagrada a otras tareas que requiere el país.
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¡Aves
de mal agüero! No recuerdo siquiera qué es un dolor de cabeza. Como constancia
de cuan mentirosos son, les obsequio las fotos que acompañan este artículo.
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Rio Grande, berro de touro...
...
No Dia do Gaúcho, o gaúcho que é Mestre da Cultura Popular Brasileira.
...
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Minha opinião sobre usuários de drogas
São bandidos? Noventa e nove por cento, não.
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São coitados que não conseguem largar o vício? Noventa e nove por cento, não.
São caso de saude pública? Sim.
...
São caso de Polícia? Também.
Maconha é droga perigosa? Sim.
...
A venda de maconha, controlada pelo Governo, diminuiria o tráfico e a violência? Sim.
...
Quem compra drogas, financia a violência? Sim.
...
Para mim, é simples assim.
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terça-feira, 21 de agosto de 2012
Mas que tal a enquete do iG?
...
O iG e seus leitores não param de me surpreender. Segundo as parciais da
enquete de hoje, o FHC foi quase duas vezes melhor Presidente que o Lula...
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