quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Monumento a Jayme Caetano Braun


Na sexta-feira, se o tempo ajudar, será feito o traslado do Monumento ao Pajador, uma homenagem ao nosso ilustre conterrâneo Jayme Caetano Braun. A estátua será levada do ateliê do escultor, Vinícius Ribeiro, até o local da futura Praça que levará o seu nome, às margens da BR 285. Ali, o Jayme ficará em definitivo, mateando e olhando as coxilhas, para os lados da Bossoroca.

É uma obra magnífica, com seis metros de altura, mais o pedestal, e cerca de 12 toneladas de peso. Tudo em concreto armado. Mas não só pelo tamanho, a obra impressiona também pela imponência do personagem, e fidelidade aos detalhes.

O autor, Vinícius Ribeiro, é um consagrado artista são-luizense, responsável por outras obras muito conhecidas, como a Estátua de Sepé Tiarajú que guarnece a entrada principal da cidade. Recomendo visitar o seu blog, aqui, onde está registrado o dia-a-dia da empreitada. É imperdível.

E o mais lindo de tudo, é a forma com que o Vinícius vem trabalhando, há quase três anos. Parente do Jayme, ele resolveu que ia fazer uma homenagem, através de seu talento como escultor, àquele que é considerado um dos maiores nomes da cultura gaúcha.

Para custear a obra, o Vinícius ralou. Vendeu centenas de “Diplomas” para colaboradores, a trinta reais cada, comprou material e equipamentos, e por conta própria, construiu o monumento. Houve também doações de artistas missioneiros, como Jorge Guedes e outros músicos, que fizeram um show e doaram a arrecadação para o início da obra.
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Outra forma de arrecadação foi a venda de painéis para patrocinadores, que serão afixados no pedestal da obra. E também muitas empresas e pessoas físicas doaram material, emprestaram equipamentos, ou mesmo prestaram serviço sem custo, durante a construção.
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Resumindo, nem entrou um único pila de verba pública na construção dessa obra incrível, nem o Vinícius teve qualquer lucro financeiro, com os anos dedicados a essa obra. Foi no amor, no peito e na raça.

Na fotografia, Vinícius Ribeiro, em pleno trabalho, como que a pensar: "Parla, Jayme!"

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