segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Por uma lombada eletrônica

Hoje escutei, pela Rádio, um bom trecho da reunião semanal da Câmara de Vereadores aqui de São Luiz Gonzaga. E o tema que gerou mais discussão foi, como outras vezes, a necessidade de modificações no Trevo principal de acesso à cidade, na BR 285.
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Esse assunto volta e meia toma conta da pauta, e com razão, pois é um problema seríssimo de nossa cidade.
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Para quem não conhece a história, o problema é que o Trevo fica numa confluência que centraliza três grandes afluxos de veículos.
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De um lado, o acesso mais movimentado de São LUiz, pela Rua São João, que faz ligação direta no Centro. De outro, a RS 168, sentido de quem vem de Bossoroca (e Santiago, Santa Maria, Santana do Livramento, Alegrete, etc.). E para completar, a própria passagem da BR 285, na ligação de Santo Ângelo (e Ijuí, Cruz Alta, Passo fundo e outras cidades, inclusive - e principalmente - Porto Alegre) até São Borja, onde tem a Ponte Internacional com a Argentina (ou, passando pela cidade, o caminho para Itaqui e Uruguaiana).
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Isso sem falar que uns dois quilômetros adiante, ainda no sentido de Bossoroca, a RS 168 "recomeça", sendo acesso a vários municípios da microrregião, especialmente Porto Xavier, onde há uma balsa que liga a San Javier (Argentina), pela qual entram centenas de carretas diariamente no Brasil, com destino ao centro do país (e vice-versa).
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Esse Trevo não foi dimensionado, quarenta anos atrás, para um fluxo tão grande de veículos. Certamente, também não o foi, para a velocidade que os automóveis, caminhões e carretas desenvolvem hoje em dia. E por ser antigo, ainda tem pista simples, e acessos estreitos e curtos.
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E como se não bastasse, está mal localizado, pois fica meio escondido logo após uma subida, para quem vem de Santo Ângelo. Quem chega acelerado, ou dirige veículo pesado, tem grande dificuldade de diminuir a velocidade, pois só dá para notar o Trevo quando se está muito perto.
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Então, grande fluxo de veículos de todos os lados, visualização só muito de perto ... receita certa para desastres. E eles seguidamente acontecem, com muitas e lamentáveis perdas de vida, ao longo de todos esses anos.
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Pois bem, os Vereadores já encaminharam pedidos ao DNIT para que esse Trevo seja modificado, e transformado em uma rótula. Uma boa iniciativa, diga-se. Eles até já fizeram uma comissão e visitaram o órgão, em Brasília, obtendo o compromisso de um Diretor de que a obra seria priorizada. Há uma estimativa, inclusive, de que o custo seria em torno de 3 milhões de reais, recurso disponível no Governo Federal.
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Bueno. Só que sai ano, entra ano, e a obra não acontece. Isso permite críticas ao DNIT, ao Governo Lula, e acaba caindo tudo em cima do PT local, e de nossa Vereadora, a Xuxu.
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Hoje o negócio estava fervendo, pois um município vizinho, Santo Antônio das Missões, bem menos populoso, e cujo acesso é só da BR 285 (trecho São Luiz - Sao Borja) encaminhou o mesmo pedido, e a obra já saiu. Um investimento de um milhão e tanto de reais.
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O Presidente da Câmara, Chiquinho Lourenço (PDT) informou que entrou em contato com o diretor do DNIT que eles tinham visitado, cobrando a obra, e ele teria informado que não saiu porque o Executivo local não encaminhou o projeto, ainda. E a Vereadora Xuxu assumiu o compromisso de fazer esse negócio andar, desde que, claro, a Prefeitura faça a sua parte, que é encaminhar o projeto.
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Sem querer entrar na discussão sobre os culpados, mas com a intenção de colaborar, vou colocar minha colher torta para mexer esse angu.
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O negócio é o seguinte: a obra é imprescindível. Talvez seja o investimento federal mais urgente a ser feito em São LUiz. Isso tem que sair.
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Só que não dá para ficar esperando até o dia em que o Sargento Garcia prenda o Zorro, para que o trabalho seja feito. É preciso fazer alguma coisa, para que as pessoas parem de morrer "de graça" naquele local. Passar por ali já está virando uma roleta-russa.
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Então, minha singela sugestão é que a cidade demande, com urgência, a instalação de duas lombadas eletrônicas no Trevo. Uma para quem vem de Santo Ângelo, outra para quem chega de Bossoroca.
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Não sei quanto custa esse equipamento, mas não deve ser mais que uns cem mil reais cada uma. Mas que seja o dobro, ainda é muito mais barato que a obra, e muito mais rápido para solucionar o problema.
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Velocidade máxima de 40 km por hora, com sinalização algumas centenas de metros antes. Problema resolvido. Depois, construa-se a tal rótula, com calma.
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Dei essa sugestão hoje de tarde, pessoalmente, para nossa Vereadora Xuxu. Mas quero compartilhar com a comunidade. Acho que é bem mais simples e rápido.
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Eu tenho para mim que não dá mais para continuar só no debate de quem são os culpados, esperando o próximo acidente.
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Lombada eletrônica, já!
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Um comentário:

  1. De fato, a obra é necessária e urgente. E tá dando um desgante medonho para o Governo federal e, por tabela, para o PT local. Bela postagem, José Renato.

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