sábado, 30 de abril de 2011

Para que serve a monarquia inglesa?

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"Por que ainda temos uma monarquia? A Inglaterra abriu o caminho na luta para abolir poder absolutista da monarquia, quando o Rei Charles I foi executado em 30 de janeiro de 1649.

Foi logo após a Guerra Civil Inglesa entre forças leais à monarquia e as que defendiam o parlamento, lideradas por Oliver Cromwell.

Apesar disso, a monarquia ainda reina na Grã-Bretanha, ao contrário de países como França, Alemanha e Rússia, onde foram derrubadas.

Isto tem a ver, em parte, com a restauração da monarquia britânica após o governo de Cromwell.

A cada vez mais poderosa classe dos comerciantes fez as pazes com a monarquia para recuperar a estabilidade social.

Assim, Carlos II subiu ao trono em 1660, embora ele e seus sucessores desfrutassem de um poder bem menor que o que seu pai exercia.

O poder na Grã-Bretanha de hoje não está nas mãos da rainha. Mas também não está sob controle de nossos representantes eleitos.

Quem controla o poder é a classe capitalista, os que enriquecem à custa do resto de nós. A realeza age como um símbolo de classe.

Sua utilidade está na participação em missões comerciais e, como atração turística, ajuda a manter a imagem do sistema britânico de classe como algo “natural”. A monarquia é um golpe de relações públicas em favor do capitalismo britânico.

Nossos governantes, políticos e a mídia ainda nos encorajam a olhar a realeza com respeito e temor. Se nós veneramos nossos supostos superiores dessa maneira, significa que somos menos tentados a tomar medidas contra as condições sob as quais temos que viver.

Espera-se que a lealdade à monarquia unifique o povo inglês como uma família que estaria de certa forma acima da política, unidos como britânicos, não importa a que classe pertençamos.

Muitas pessoas acreditam que a monarquia é vital para a manutenção de um sistema parlamentar estável.

Para alguns, mesmo na esquerda, a idéia de reformar gradualmente o país depende de que esse sistema funcione.

Mas os socialistas deveriam rejeitar essa idéia. Ela implica concordar com o argumento que diz que outros aspectos do Estado também são neutros, como a polícia e juízes. E sabemos que não é o caso.

O Estado existe para defender os interesses da classe dominante. Na sociedade capitalista, isto significa defender os patrões.

Houve uma tentativa para tentar mostrar a monarquia como pessoas que estão "fazendo sua parte" nos últimos anos. Elas até tentam se comportar como pessoas comuns.

Este casamento não é exceção. A origem de classe média alta de Kate Middleton tem sido usada para dar a idéia de que a monarquia está se modernizando e permitindo que "novos ricos" participem de seu círculo restrito.

Faz parte de um projeto de reabilitação da imagem de uma monarquia que vem perdendo apoio rapidamente nas últimas décadas.

A imagem começou a ficar arranhada nos anos 1980 e 1990 quando a mídia começou a mostrar detalhes sobre a vida de luxo de que desfrutava a realeza às custas do Estado.

A revolta aumentou durante o período de recessão em que o governo conservador iniciou ataques brutais contra os trabalhadores.

Logo em seguida, o conto de fadas sobre casamentos reais também começou a desmoronar.

Em 1992, sozinho, três dos filhos da rainha, Charles, Anne e Andrew, haviam se divorciado publicamente.

No mesmo ano, o Castelo de Windsor, uma das muitas residências da realeza, pegou fogo. O prejuízo foi pago pelas pessoas comuns.

A popularidade da monarquia caiu tanto que a realeza teve que se adaptar. A rainha concordou em pagar imposto de renda pela primeira vez (usando o dinheiro que tira de nós) e turistas foram autorizados a visitar o Palácio de Buckingham (pagando uma taxa).

Mas essas reformas fizeram pouco para melhorar a popularidade da realeza.

Em 1994, Charles e Diana se divorciaram após vários anos em que sua vida privada ter sido uma fonte de notícias para os jornais sensacionalistas. Diana morreu em um acidente de carro em 1997.

Ela não era uma plebéia, mas a percepção de que a família real não a respeitava porque não seria fina o bastante atingiu a popularidade da monarquia ainda mais fortemente.

Hoje existe pouco entusiasmo com a realeza, apesar de todo o frenesi da mídia com o casamento. A idéia de que Deus escolheu a família real para nos governar já foi amplamente aceita. Poucos acreditam nisso, agora.

Mas num momento em que temos um governo de milionários que estudaram em escolas de elite, a promoção da monarquia é parte do esforço da elite para reafirmar seu domínio sobre nós.

A monarquia é parte do sistema capitalista no país.

Somente através de uma mudança revolucionária é que podemos nos ver livres desse sistema de classes e todos os seus absurdos.

Até isso acontecer, nossa sociedade continuará a ser governada por um poder que não foi eleito, cujo trabalho é manter o resto de nós em nosso lugar."

* Artigo pescado de Socialist Worker, via Revolutas

* A charge é de Lute, pescada aqui.
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

O herdeiro da Cornualha (Para não dizer que não falei das bodas)

O recém-casado Príncipe William, da Inglaterra, é o sucessor imediato de Charles, o belo Príncipe de Gales. Isso todo mundo sabe. 
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Mas não é só isso. Não esqueçamos que o Charles é também Duque da Cornualha. 
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No dia em que a Rainha Isabel passar desta para uma melhor (um dia essa senhora vai ter que desencarnar), e Charles, o belo, ascender ao Trono britânico, o Ducado passará automaticamente para o casadoiro rapagão. 
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Isso já aconteceu, aliás, com o próprio Charles, quando tinha três ou quatro anos de idade, e a sua mãe virou Rainha.
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Temos assim, então, que o mancebo é o herdeiro da Cornualha. E a Cornualha, segundo a wikipédia, é um condado, que fica numa península no sudoeste da Inglaterra, cujo nome, por motivos misteriosos, deriva da palavra "corno".
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Daí, fiquei lembrando de uma coisa ... como herdeiro, além do título, o William receberá todos os bens, direitos e obrigações do ducado, e com certeza encontrará, no arrolamento, aquele reluzente chapéu, à moda de Cornwall (imagem) que a sua mãe, Lady Di, presenteou ao Charles, quando ainda estava casados.
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No caso do Príncipe Charles, parece que ele tantas vezes pediu, que a Lady Di, por amar de montão, não aguentou mais, e lhe colocou o famoso chapéu. 
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Mas não sei não ... eu tenho uma desconfiançazinha que a nova princesa, a Lady Kate, não vai ficar para trás, e também vai providenciar um chapeuzinho desses para o William, logo, logo.
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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vamos ao ponto

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Recebi essa frase em um e-mail, tempos atrás, e fiquei matutando. Segundo consta, o autor é Franz Kafka, mas não tenho certeza. De qualquer forma, é isso aí, mesmo. Vamos ao ponto!
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terça-feira, 26 de abril de 2011

Água com açúcar

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Ando meio estressado, e ia tomar uma água com açúcar, para me acalmar, mas acabei desistindo, depois de descobrir que isso é apenas crendice.
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Essa tira, e outras, do Chiru Velho e sua turma, pode ser visitada aqui, no site do Sávio Moura.
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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Rico é tão diferente ...

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Essa eu pesquei na página inicial do IG. Báh. Agora só falta descobrirem que, além disso, o Eike Batista também faz cocô, como as outras pessoas ...
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Páscoa e Dengue em São Luiz Gonzaga

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A charge é de Lute, pescada aqui. E para saber mais sobre a situação da dengue no Estado (somos vice-campeões), clique aqui.
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Fotografias da Protetora das Águas

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Peguei emprestada uma fotografia, da inauguração da Protetora das Águas. Junto à estátua-fonte, entre árvores nativas, estão o escultor Vinícius Ribeiro, Samuel Dutra e Olívio Dutra.
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Para ver mais fotografias do evento, visite o blog do Vinícius Ribeiro Escultor.
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domingo, 24 de abril de 2011

Protetora das Águas

Ontem, uma equipe de reportagem deste blog (eu e meu irmão Sávio), esteve na residência da Família Dutra, aqui em São Luiz Gonzaga, para presenciar a inaguração da estátua "Protetora das Águas", obra do Vinícius Ribeiro.
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Esqueci de levar a máquina fotográfica, então, por enquanto, não tenho imagens a postar, exceto esta, da maquete, pescada aqui, no site do próprio escultor. Mas logo que tiver imagens da festa, especialmente da estátua, vou compartilhar.
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Bueno, sobre a festa, foi um acontecimento muito especial, em que os irmãos Samuel, Marlene e Olívio Dutra resolveram homenagear suas origens indígenas, colocando a "Protetora" no quintal da chácara de seus pais, Seu Cassiano e  Dona Amélia, já falecidos.
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A obra tem 1,65m de altura, e peso de aproximadamente uma tonelada, sendo construída de concreto e aço, especialidade do Vinícius. Tem uma fonte embutida, da qual verte água, sibolizando o Aquífero Guarany, a ser preservado, e foi instalada entre árvores nativas, ficando especialmente bonita à noite, com a iluminação colocada.
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O evento foi uma bonita atividade cultural, com alguns pronunciamentos, e boa música, organizados com auxílio importante da Casa do Poeta, através da Vânia Coimbra.
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Quem estiver passeando pela cidade, vale a pena passar por ali, na Rua Rio Branco, para ver a estátua, que se constitui em mais um ponto turístico de nossa cidade, e um exemplo de valorização da cultura missioneira.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ai!

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A imagem acima é da Festa do Cavalo Crioulo, no Uruguai, que pesquei aqui.
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Eu não aprecio essas gineteadas. Tem umas provas no Freio de Ouro, como a esbarrada, a paleteada, e aquela outra da mangueira, que eu gosto de assistir. Mas essa doma abagualada, não me agrada nem um pouco.
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Acho bem lindo quando o cavalo (égua, no caso) leva vantagem. Mas, nessa situação da fotografia, confesso que me dá uma dor no saco coração, só de ver.
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O gauchinho, coitado, nessas horas deve estar com a fala fina, sentado numa pedra de gelo. Pêsames à esposa enlutada ...
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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Atitude - Quem não arrisca, não petisca

* Eugênio Mussak
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Não há ação que não traga risco implícito. Mas ninguém alcança o sucesso sem enfrentar o desafio que é viver
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Nem todos os presidentes americanos são lembrados por guerras ou por escândalos. Theodore Roosevelt, que habitou a Casa Branca entre 1901 e 1908, costuma ser lembrado especialmente por três coisas: pelo combate à distribuição de cargos públicos como favores políticos (prática que muito nos atormenta); pelo prêmio Nobel da Paz que ganhou em 1906 em função de seu empenho como conciliador entre a Rússia e o Japão (empenho que falta hoje em vários cantos do mundo); e pela viagem que empreendeu em companhia do marechal Rondon pelo rio Amazonas, cujas anotações se transformaram em um livro minucioso chamado Through the Brazilian Wilderness.
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Entretanto, apesar desse currículo, Roosevelt é conhecido mesmo por ser autor de uma frase que, em qualquer circunstância que seja proferida, ainda hoje causa impacto, inquietação e reflexão. Disse ele: “Prefiro arriscar coisas grandiosas para alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-me à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que não gozam nem sofrem muito, porque vivem numa penumbra cinzenta na qual não conhecem derrotas nem vitórias”.
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Dita por alguém com o histórico desse homem, essa frase faz sentido e ganha legitimidade. Mas ninguém precisa ser presidente, nem explorador, nem prêmio Nobel, para perceber que, da vida, pode-se receber muito ou receber pouco, e contribuir mais ou contribuir menos, sempre a depender dos riscos que se deseja aceitar. Theodore afirma que ele é do tipo que prefere enfrentar o risco de perder ao risco de não ganhar. Traduzindo para o bom português, poderíamos dizer, sem medo de errar, que quem não arrisca não petisca.
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Tentar é arriscar a falhar.
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É matemático: quem não tenta não corre riscos, mas também nada consegue. Aprendemos a caminhar porque tentamos e não desanimamos por causa dos primeiros tombos, ou seja, das primeiras derrotas – sem eles ainda estaríamos engatinhando. Roubamos o primeiro beijo correndo o risco de levar um tapa; conseguimos o primeiro emprego arriscando-nos a levar um rotundo “não”; passamos no vestibular sob o risco de reprovar, como a maioria. Não haveria a menor possibilidade de conseguir qualquer uma dessas vitórias sem a predisposição a suportar o fracasso. Esse é o risco.
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Mas cuidado, há tentativas e tentativas. Mestre Yoda, de Star Wars – Guerra nas Estrelas, afirmou: “Faça ou não faça – a tentativa não existe”. Foi uma lição necessária a seu pupilo Luke Skywalker, que disse, desacreditando de si mesmo, que faria uma “tentativa” de retirar a nave encalhada no pântano, o que enfureceu bastante o mestre.
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Ora, pessoas que dizem que irão apenas “tentar” estão querendo dizer, antecipadamente, que não conseguirão, pois, afinal,“era difícil, e tudo não passou de uma mera tentativa”. Essa é a tentativa pela tentativa, sem compromisso com o resultado. A derrota que deriva dessa tentativa inglória não tem importância, é acobertada pela própria pequenez.
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O compromisso com a tentativa é bem diferente do compromisso com o sucesso. Neste segundo caso, não conseguir o resultado esperado causa aprendizado, e, por outro lado, reforça a certeza de conseguir o que se pretende na próxima tentativa, até porque agora já se conhece o caminho errado. Este foi o espírito de Thomas Edison que, na 999ª tentativa frustrada disse: “Descobri mais uma maneira de não fazer a lâmpada”. Na próxima deu certo, e o mundo nunca mais foi o mesmo.
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O risco calculado
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O dicionário diz que risco é sinônimo de perigo ou de possibilidade de perigo. Se há “perigo” e eu enfrento assim mesmo, estou jogando com a sorte, entregando meu destino ao acaso. Mas, se o que existe é a “possibilidade de perigo”, posso tomar providências para evitá-lo. Daí vem o conceito do “risco calculado”.
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Ao saltar no ar como um pássaro, o trapezista não está enfrentando a queda, e sim a possibilidade de queda. E ele sabe que as possibilidades ruins são inversamente proporcionais aos cuidados tomados para evitá-las. Ele não assume riscos que estejam fora de seu controle. O que parece loucura para o público é técnica para o trapezista.
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Nós, que não somos trapezistas, muitas vezes também saltamos no ar imaginário buscando um trapézio abstrato escondido nas realizações do cotidiano. O psicólogo Leo Buscaglia escreveu que “rir é arriscar-se a parecer louco, chorar é arriscar-se a parecer sentimental, estender a mão para o outro é arriscar-se a se envolver, amar é arriscar-se a não ser amado”. Não há, portanto, ação humana que não traga implícito algum risco. O que há são pessoas dispostas a enfrentar esses riscos, enquanto outras fogem deles.
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Entretanto é bom lembrar que enfrentar riscos pode ser um ato de coragem ou um ato de imprudência. Coragem não é o oposto do medo – o oposto do medo é o “não-medo”, e cumpre função contrária a ele.O medo é uma necessidade da própria biologia, ligada à manutenção da vida. O medo impede a exposição do indivíduo – animal ou humano – ao perigo superior à sua condição de enfrentá-lo. Nesse sentido, o não-medo é danoso à vida, é contrário à existência, é irresponsável para com a própria natureza. Não ter medo significa não ter apego à própria condição de ser vivo, podendo, assim, ser interpretado como uma patologia. Não é bom não ter medo.
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Já a coragem é um estado de superação, baseado na lucidez,na percepção das próprias capacidades e limites, no autoconhecimento, portanto. A coragem transita entre o medo e o não-medo – supera o primeiro e ri do segundo. O corajoso não é um imprudente. Ele tem medo, mas vence, não por bravata, mas por preparar-se para enfrentar as dificuldades denunciadas pelo medo. Eis o risco calculado. Poderíamos atualizar o ditado para “quem não arrisca riscos calculados não petisca resultados consistentes”.
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Viver é arriscar-se
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“Não quero no meu barco nenhum homem que não tenha medo de baleia.” Esta foi a fase com que o capitão Acab recebeu os tripulantes a bordo de seu navio Pequod antes de zarparem em busca de Moby Dick, a colossal baleia, o monstro dos mares. Ele queria a baleia como queria a própria vida. Assumiu o risco de caçá-la, mas respeitava sua força e seus domínios, e respeitava muito.
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Dizem os estudiosos da obra de Herman Melville, autor de Moby Dick, que a simbologia dessa aventura mostra o encontro do homem com seu próprio destino, que no final é a morte. Moby Dick é apresentada como uma encarnação dos medos humanos, e o Pequod, os meios que desenvolvemos para enfrentá-los.
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A filosofia do capitão, que queria homens corajosos, mas não sem medo, é o melhor testemunho da importância do autoconhecimento, que nos permite avaliar os riscos antes de aceitá-los e de medir nossos limites e nossas possibilidades. A baleia ganhou a luta, mas sua vitória sobre o homem não simboliza a imprudência humana, é, antes, um alerta ao valor da cautela.
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A vida da maioria de nós, mortais comuns, parece, numa primeira análise, que pouco tem a ver com as fantásticas histórias, como a de Moby Dick, mas há semelhanças, guardadas as proporções. Independentemente do que você faça, você assume seus próprios riscos. Se você não tiver medo deles, poderá ter problemas, e se não tiver coragem, também.
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O dia-a-dia do cidadão que pega trânsito, que faz negócios, que participa de reuniões, que fala em público, que faz entrevista de emprego, que enfrenta chefe nervoso, é, sim, cheio de pequenos riscos. Com um detalhe: na vida real, os riscos surgem simultaneamente e se acumulam, como em uma poupança de desafios que não desaparecerão enquanto não forem enfrentados.
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Ninguém tem sucessos sem enfrentar desafios. Aprenda com os heróis mitológicos: Prometeu roubou o fogo dos deuses e por isso foi condenado a ter seu fígado comido por abutres pela eternidade. Ícaro foi imprudente e voou perto do Sol com suas asas de penas e cera. Esta derreteu ao calor solar e Ícaro caiu. Belorofonte, montado em Pégaso, matou a Quimera e voou para exibir-se até as proximidades do Olimpo, enraivecendo Zeus. Este assustou Pégaso e derrubou o herói, que passou a vagar coxo e em desgraça.
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O que essas passagens da mitologia grega têm em comum? Todas recomendam duas coisas: assuma o risco, mas prepare-se para ele. Não exceda o limite. Vá em frente, mas seja prudente. Camões garante, em Os Lusíadas, que os deuses compreensivos ajudaram Vasco da Gama a chegar às Índias e a voltar para casa, com direito a uma parada na Ilha dos Prazeres – não sem quase morrer algumas vezes. As divindades mitológicas gostam dos ousados, mas não toleram os imprudentes.
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É assim até hoje. No mercado de capitais – espécie de divindade moderna –, os investimentos mais rentáveis são os que oferecem mais risco. Bancos “generosos” fecharam as portas deixando muitos clientes no prejuízo.
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Esses são sinais de que devemos nos abster de arriscar? Não, é claro. São avisos de que riscos devem ser assumidos, desde que minimizados pela prudência. Essa é uma dobradinha poderosa. Em “Mar Português”, um de seus poemas mais repetidos, Fernando Pessoa recomenda o risco calculado quando lembra que, “ao mar, Deus deu perigos e abismos, mas nele é que espelhou o céu”. Navegue, sim, mas com precisão.
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Recebi este texto da Djanira, por e-mail. Gostei demais, e resolvi compartilhar.
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Realengo - A tragédia, os curiosos e os urubus

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Essa eu tirei daqui, do blog da Maria Frô.
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Os sapatos do Falcão

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Paulo Roberto Falcão provou, na estréia como treinador do Inter, que além de bonito, inteligente e charmoso, continua muito elegante. E macho. Sim, porque só sendo muito macho, e resolvido, para usar um sapatinho daqueles em pleno campo de futebol.
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Parabéns à torcida colorada.
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Este ignorante blogueiro, neófito em coisas da moda, mas desejoso de melhorar, humildemente fez uma seleção (abaixo) de outros sapatos possíveis de serem utilizados pelo Rei de Roma, no restante do Campeonato Gaúcho e Libertadores da América.
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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Frigorífico de São Luiz apto a exportar para a China

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Legal essa notícia de que o Frigorífico da Cotrijuí, que fabrica os produtos Tchê, está apto a realizar exportações para a China. Esse é um reforço muito importante para a consolidação da indústria, e toda a cadeia produtiva a ela relacionada. 
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Em termos de geração de renda, acho que é a melhor notícia dos últimos tempos. O Frigorífico já é um dos principais vetores econômicos daqui, e se a China realizar encomendas em grande escala, como sugerem as primeiras notícias, haverá mais empregos, mais dinheiro circulando, e certamente, acréscimo na arrecadação do Município. 

Não querendo sonhar muito, talvez sobre até aquela graninha necessária para bancar a UTI, no Hospital.

Deu assim no Guia São Luiz
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"O primeiro acordo comercial anunciado durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, nesta semana, foi para exportação de carne suína brasileira. Após conversas, o governo chinês credenciou três frigoríficos do Brasil que irão exportar carne de porco para a China, um deles o frigorífico da Cootrijui que possui unidade em São Luiz Gonzaga ."
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Ponto para o Governo Dilma. E parabéns aos sãoluizenses que trabalharam para elegê-la. Esse tipo de notícia confirma que a luta valeu a pena.
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A charge é do Duke, pescada aqui.
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domingo, 10 de abril de 2011

Tá nervoso(a)? Experimente maracujá!

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Nota do Blogueiro: Eu Fora!
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Por que matou?

* Osias Canuto
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Matou porque não bebia,
Matou porque não fumava,
Matou porque não traía,
Matou porque não jogava.
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Matou porque viu a mãe,
Matou porque viu a luz,
Matou porque viu o cão,
Matou porque viu a cruz.
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Matou porque era o próprio,
Matou porque era o cujo,
Matou porque era o máximo,
Matou porque era tudo.
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Matou porque deu manchete,
Matou porque deu polícia,
Matou porque deu comício,
Matou porque deu notícia.
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Matou porque não tinha um gosto,
Matou porque não tinha um vício,
Matou porque não tinha amante,
Matou porque não tinha ofício.
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Matou porque tinha um ódio,
Matou porque tinha um medo,
Matou porque tinha um fato,
Matou porque tinha um dedo.
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Matou porque impossível,
Matou porque impotente,
Matou porque inaudível,
Matou porque infelizmente ...
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Matou porque a dor é tanta,
Matou porque a dor é surda,
Matou porque a dor não para,
Matou porque a dor não muda.
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Matou porque era claro,
Matou porque era nítido,
Matou porque era óbvio,
Matou porque tava escrito.
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Matou porque era a hora,
Matou porque era o dia,
Matou porque era o tempo,
Matou porque mataria.
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Matou porque não sorria,
Matou porque não sonhava,
Matou porque não mentia,
Matou porque não matava.
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Matou porque era fraco,
Matou porque era pouco,
Matou porque tava frio,
E matou...... porque tava morto.
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Este poema é de Osias Canuto, publicado no seu blog, que pode ser visitado aqui. Eu vi no DoLaDoDeLá, e resolvi compartilhar.
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ah, as contas ...

Conta da luz
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Conta do posto
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As charges são do Lute, sem dúvida um dos melhores chargistas do Brasil, no momento. Ele publica em jornais mineiros, e no seu blog, aqui.
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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Deus e o Diabo, lá na Bossoroca

Lá em Bossoroca, o cemitério fica bem na entrada da cidade. Já mencionei isso, aqui.
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Pois me contaram que, antigamente, havia uma figueira, dentro do campo santo. E uma vez, quando estava bem carregadinha, dois gauchinhos decidiram entrar lá, de noite, pra roubar uns figos.
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Eles pularam o muro, subiram na árvore com as sacolas penduradas no ombro e começaram a dividir o "prêmio".
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- Um pra mim, um pra ti!
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- Um pra mim, um pra ti!
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De repente um falou pro outro:
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- Ô, bocaberta, tu deixou cair dois, pro lado de fora do muro!
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- Não faz mal, depois que terminar aqui, a gente pega os de fora!
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- Então tá bom. Mais um pra mim, mais um pra ti ...
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Nisso ia passando um bêbado, do lado de fora do cemitério. Ele escutou esse negócio de “um pra mim e um pra ti”, vindo do alto, e estufou a bombacha na bunda, correndo até a Brigada. Chegando lá, disse pro brigadiano:
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- Sargento, vem comigo! Deus e o diabo estão no cemitério dividindo as  almas dos mortos!
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- Ah, cala a boca, borracho!
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- Eu juro que é verdade, pela luz que me alumia, vem comigo!
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O pinguço encheu o saco até que o brigadiano resolveu verificar. Mas foi todo desconfiado, pois morria de medo de cemitério.
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Os dois foram até o cemitério, chegaram perto do muro, na pontinha dos pés, e ficaram escutando ... 
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- Um para mim, um para ti.
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E sargento, todo encagaçado:
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- É verdade! É o dia do Apocalipse! Eles estão dividindo as almas dos mortos! E agora? O que será que vai acontecer depois?
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E continuaram a escutar:
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- Um para mim, um para ti!
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De repente ouviram um dizer:
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- Pronto, acabamos com os daqui de dentro ...
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- Então vamos lá fora, pegar os dois que estão do outro lado do muro ...
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- Cooooorreeeee !!!!!!
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Essa eu recebi do Michel Cattelan, por e-mail, e dei uma adaptada.
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