quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Um ano, fatia cortada do tempo ...

"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias
 a que se deu o nome de ano
 foi um indivíduo genial.
 Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
 Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
 Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez,
 com outro número e outra vontade de acreditar
 que daqui para frente vai ser diferente."
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"Cortar o Tempo"
Carlos Drumond de Andrade
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Que essa fatia de tempo, apelidada de 2011, nos seja leve, doce, agradável.
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São os votos deste blog, e da Família Silva Moura: Luísa, Ana Paula, Djanira e José Renato.
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Feliz 2011!
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Conto de Natal – Maria e José na Palestina em 2010

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* por James Petras, em Pátria Latina
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Os tempos eram duros para José e Maria. A bolha imobiliária explodira. O desemprego aumentava entre trabalhadores da construção civil. Não havia trabalho, nem mesmo para um carpinteiro qualificado. Os colonatos ainda estavam a ser construídos, financiados principalmente pelo dinheiro judeu da América, contribuições de especuladores de Wall Street e donos de antros de jogo.
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"Bem", pensou José, "temos algumas ovelhas e oliveiras e Maria cria galinhas". Mas José preocupava-se, "queijo e azeitonas não chegam para alimentar um rapaz em crescimento. Maria vai dar à luz o nosso filho um dia destes". Os seus sonhos profetizavam um rapaz robusto a trabalhar ao seu lado… multiplicando pães e peixes.
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Os colonos desprezavam José. Este raramente ia à sinagoga, e nas festividades chegava tarde para fugir à dízima. A sua modesta casa estava situada numa ravina próxima, com água duma ribeira que corria o ano inteiro. Era mesmo um local de eleição para a expansão dos colonatos. Por isso quando José se atrasou no pagamento do imposto predial, os colonos apropriaram-se da casa dele, despejaram José e Maria à força e ofereceram-lhes bilhetes só de ida para Jerusalém.
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José, nascido e criado naquelas colinas áridas, resistiu e feriu uns tantos colonos com os seus punhos calejados pelo trabalho. Mas acabou abatido sobre a sua cama nupcial, debaixo da oliveira, num desespero total.
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Maria, muito mais nova, sentia os movimentos do bebê. A sua hora estava a chegar. "Temos que encontrar um abrigo, José, temos que sair daqui… não há tempo para vinganças", implorou. José, que acreditava no "olho por olho" dos profetas do Antigo Testamento, concordou contrariado.
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E foi assim que José vendeu as ovelhas, as galinhas e outros pertences a um vizinho árabe e comprou um burro e uma carroça. Carregou o colchão, algumas roupas, queijo, azeitonas e ovos e partiram para a Cidade Santa.
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O trilho era pedregoso e cheio de buracos. Maria encolhia-se em cada sacudidela; receava que o bebê se ressentisse. Pior, estavam na estrada para os palestinos, com postos de controlo militares por toda a parte. Ninguém tinha avisado José que, enquanto judeu, podia ter-se metido por uma estrada lisa pavimentada – proibida aos árabes.
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Na primeira barragem José viu uma longa fila de árabes à espera. Apontando para a mulher muito grávida, José perguntou aos palestinos, meio em árabe, meio em hebreu, se podiam continuar. Abriram uma clareira e o casal avançou.
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Um jovem soldado apontou a espingarda e disse a Maria e a José para se apearem da carroça. José desceu e apontou para a barriga da mulher. O soldado deu meia volta e virou-se para os seus camaradas. "Este árabe velho engravida a rapariga que comprou por meia dúzia de ovelhas e agora quer passar".
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José, vermelho de raiva, gritou num hebreu grosseiro, "Eu sou judeu. Mas ao contrário de vocês… respeito às mulheres grávidas".
O soldado empurrou José com a espingarda e mandou-o recuar: "És pior do que um árabe – és um velho judeu que violas raparigas árabes".
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Maria, assustada com o caminho que as coisas estavam a tomar, virou-se para o marido e gritou, "Pára, José, ou ele dispara e o nosso bebê vai nascer órfão".
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Com grande dificuldade, Maria desceu da carroça. Apareceu um oficial do posto da guarda, a chamar por uma colega, "Oh Judi, apalpa-a por baixo do vestido, ela pode ter bombas escondidas".
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"Que se passa? Já não gostas de ser tu a apalpá-las?" respondeu Judith num hebreu com sotaque de Brooklyn. Enquanto os soldados discutiam, Maria apoiou-se no ombro de José. Por fim, os soldados chegaram a um acordo.
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"Levanta o vestido e o que tens por baixo", ordenou Judith. Maria ficou branca de vergonha. José olhava para a espingarda desmoralizado. Os soldados riam-se e apontavam para os peitos inchados de Maria, gracejando sobre um terrorista ainda não nascido com mãos árabes e cérebro judeu.
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José e Maria continuaram a caminho da Cidade Santa. Foram freqüentes vezes detidos nos postos de controlo durante a caminhada. Sofriam sempre mais um atraso, mais indignidades e mais insultos gratuitos proferidos por sefarditas e asquenazes, homens e mulheres, leigos e religiosos – todos soldados do povo Eleito.
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Já era quase noite quando Maria e José chegaram finalmente ao Muro. Os portões já estavam fechados. Maria chorava em pânico, "José, sinto que o bebê está a chegar. Por favor, arranja qualquer coisa depressa".
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José entrou em pânico. Viu as luzes duma pequena aldeia ali ao pé e, deixando Maria na carroça, correu para a casa mais próxima e bateu à porta com força. Uma mulher palestina entreabriu a porta e espreitou para a cara escura e agitada de José. "Quem és tu? O que é que queres?"
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"Sou José, carpinteiro das colinas do Hebron. A minha mulher está quase a dar à luz e preciso de um abrigo para proteger Maria e o bebê". Apontando para Maria na carroça do burro, José implorava na sua estranha mistura de hebreu e árabe.
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"Bem, falas como um judeu mas pareces mesmo um árabe", disse a mulher palestina a rir enquanto o acompanhava até a carroça.
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A cara de Maria estava contorcida de dores e de medo; as contrações estavam a ser mais freqüentes e intensas. A mulher disse a José que levasse a carroça de volta para um estábulo onde se guardavam as ovelhas e as galinhas. Logo que entraram, Maria gritou de dor e a palestina, a que entretanto se juntara uma parteira vizinha, ajudou rapidamente a jovem mãe a deitar-se numa cama de palha. E assim nasceu a criança, enquanto José assistia cheio de temor.
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Aconteceu que passavam por ali alguns pastores, que regressavam do campo, e ouviram uma mistura de choro de bebê e de gritos de alegria e se apressaram a ir até ao estábulo levando as suas espingardas e leite fresco de cabra, sem saber se iam encontrar amigos ou inimigos, judeus ou árabes. Quando entraram no estábulo e depararam com a mãe e o menino, puseram de lado as armas e ofereceram o leite a Maria que lhes agradeceu tanto em hebreu como em árabe.
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E os pastores ficaram estupefatos e pensaram: Quem seria aquela gente estranha, um pobre casal judeu, que chegara em paz com uma carroça com inscrições árabes?
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As novas espalharam-se rapidamente sobre o estranho nascimento duma criança judia mesmo junto ao Muro, num estábulo palestino. Apareceram muitos vizinhos que contemplavam Maria, o menino e José.
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Entretanto, soldados israelenses, equipados com óculos de visão noturna, reportaram das suas torres de vigia que cobriam a vizinhança palestina: "Os árabes estão a reunir-se mesmo junto ao Muro, num estábulo, à luz das velas". 
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Abriram-se os portões por baixo das torres de vigia e de lá saíram caminhões blindados com luzes brilhantes, seguidos por soldados armados até aos dentes que cercaram o estábulo, os aldeões reunidos e a casa da mulher palestina. Um altofalante disparou, "Saiam cá para fora com as mãos no ar ou disparamos". 
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Saíram todos do estábulo, juntamente com José, que deu um passo em frente de braços virados para o céu e falou, "A minha mulher Maria não pode obedecer às vossas ordens. Está a amamentar o menino Jesus".
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O original encontra-se em http://petras.lahaine.org/articulo.php?p=1831&more=1&c=1. Tradução de Margarida Ferreira.
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Feliz Natal, para todos nós ...
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Lula ganha camisa personalizada da seleção

domingo, 19 de dezembro de 2010

Minha disposição é a mais pacífica

“Minha disposição é a mais pacífica. Os meus desejos são: uma humilde cabana com um teto de palha, mas boa cama, boa comida, o leite e a manteiga mais frescos, flores em minha janela e algumas belas árvores em frente à minha porta. E, se Deus quiser tornar completa a minha felicidade, me concederá a alegria de ver seis ou sete de meus inimigos enforcados nessas árvores. Antes da morte deles, eu, tocado em meu coração, lhes perdoarei todo o mal que em vida me fizeram. Deve-se, é verdade, perdoar os inimigos – mas não antes de terem sido enforcados”. [Heirich Heine (1797-1856), in Gedanken und Einfälle].
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Fragmento de uma postagem do Cristóvão Feil, no indispensável Diário Gauche de ontem, que resolvi compartilhar. 

Para ler o post, no contexo, clicar aqui: A economia dos instintos no romantismo.
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sábado, 18 de dezembro de 2010

Depois da campanha ...

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Qualquer semelhança com algum companheiro, recentemente eleito e diplomado, é mera coincidência ...
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A charge é de Geraldo Passofundo, pescada no Prancheta da Grafar.
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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Enquanto isso, no Oriente Médio ...

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Rapaz, o Kayser vai acabar me processando, de tanto que eu reproduzo as charges dele aqui no blog. Mas não dá para resistir. O homem é um gênio!
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Visitem o Blog do Kayser e o Prancheta da Grafar, para conferir mais trabalhos, dele e de outros artistas do traço.
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Sindicateando

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Tem blog novo na praça. Nosso amigo Mauro Salles Machado, Diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, está editando o "Sindicateando", com a intenção de promover reflexões sobre o sindicalismo e o mundo do trabalho.
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O Mauro é um amigo antigo, que batalha no Sindicato dos Bancários desde a metade da década de 1980. Apesar de nós dois sermos muito jovens, nos conhecemos desde 1989, quando me juntei a um grupo de militantes bancários, na época do PCdoB. Fomos parceiros até 1997, quando saí da Caixa, no PDV, e dei um rumo diferente na minha vida. Mas continuamos amigos, com grande proximidade ideológica, e sempre que possível nos encontramos para conversar.
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Como sou um nostálgico inveterado, às vezes tenho saudades daquela época. 
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Saudades do Mauro, Sinara, Pirotti, Jaílson, Serrasol, Domingos, Roberto, Vladimir, e de outros tantos que iam se agregando ao grupo com o passar dos anos. Sinto falta até dos outros que se afastavam, adireitando. E dos grandes debates, das reuniões infindáveis para construir a política de alianças, com o Juberlei e o povo da DS, o Fonseca, agora no PSOL e na época na Força Socialista. E com o pessoal do Felipão (Articulação, se não me falha a memória), os grupos menores, e os "independentes da CUT", como se autoclassificava o Carlos Simon, na fase pré-Fifa.
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E dê-lhe disputas, que agora reconheço maniqueístas, contra "outro lado", onde estava a Convergência Socialista, com a "ala" do Robertinho Robaina, Balalaika, Etevaldo, Cabeça, e a"ala" mais agradável do Júlio Flores, antes destes últimos racharem, e fundarem o PSTU. 
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E tinha também o loucão aquele, da Causa Operária, cujo nome me foge agora, tumultuando todas as assembléias ...

Era a época da "Proporcionalidade", onde não havia Presidência, e todas as chapas que concorriam ocupavam diretorias, conforma a proporção de seus votos nas eleições. Um sistema radicalmente democrático, que tinha tudo para dar errado, mesmo, como deu ...
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Acho que era isso, e os nomes eram esses. Às vezes eles nos patrolavam, às vezes éramos nós que exercíamos a maioria democrática. Quase tudo naquela época funcionava na base da patrola.
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E dê-lhe greve, que a época era muito ruim, e na negociação não saía nada. Sarney, Collor, Itamar, FHC ... Deusulivre!
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Bueno, essa escola foi boa. Agora, não sei se crescemos, ou simplesmente envelhecemos ... com certeza melhoramos ... mas que dá saudade daquelas peleias, isso dá!
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De qualquer forma, voltando ao foco da postagem, o Mauro é uma liderança sindical de primeira linha, com grande capacidade intelectual, e o blog com certeza vai rebentar.
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Então, vão lá, e confiram: Sindicateando.
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PS: Lembrei o nome do cara da Causa: Alfeu.
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sábado, 11 de dezembro de 2010

Airton Michels será o Secretário da Segurança

Segundo informou o clicrbs agora à tardinha, Airton Michels está confirmado como  futuro Secretário da Segurança, no Governo Tarso. Presumo que seja isso mesmo, pois a RBS tem muitos defeitos, mas não costuma dar barrigadas em notícias dessa importância.
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Airton Michels foi um daqueles que se esforçaram para que as coisas dessem certo, no Governo Olívio, quando foi Superintendente da Susepe, e depois Secretário Substituto. Atualmente estava no Departamento Penitenciário Federal, levado pelo Tarso, quando este foi Ministro da Justiça.
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Essa escolha indica que Tarso Genro, efetivamente, vai cuidar muito de perto a questão da segurança.
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Gostei da notícia. Acho que daqui para a frente, vai dar tudo certo.
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Mais uma do Virso

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O Sávio foi um sucesso como patrono da Feira do Livro 2010, aqui em São Luiz Gonzaga. Na tira acima, mais um exemplo de romantismo do Virso, para conquistar a Juracema.
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Para quem não sabe onde é a Fiúta, o Sávio e o Mano Lima explicam, aqui.
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Do jeito que eu gosto!

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Ganhamos!
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Mas rapaz, que secação! Cinco das maiores torcidas do Brasil, mais a a torcida do Goiás, uniram-se para secar o Grêmio Independiente, nesta noite histórica, no Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, na Argentina.
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Colorados, santistas, corinthianos, cruzeiristas e torcedores do Fluminense (ainda são chamados de pó-de-arroz, como no século passado?) se uniram para nos azarar, torcendo desavergonhadamente pelo Goiás. Tudo porque estavam borrados de medo de ter que enfrentar, na Libertadores do ano que vem, o melhor time do Brasil, no momento, o Grêmio, que - aliás - tem também o melhor treinador, Renato Portaluppi.
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Só que não adiantou. A nossa garra castelhana falou mais alto, e ganhamos do jeito que gremista gosta: empate nos 180 minutos, meia hora de prorrogação, mas  definição mesmo, só no último pênaltizinho batido.
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Oigaletê porquera! É chato ser imortal!
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E agora? Agora é o seguinte: faz só meia hora que acabou o jogo, e parece que a Polícia Rodoviária já tirou dois colorados de cima da ponte do Guaíba, desesperados, tentando se jogar para dentro do rio ...
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domingo, 28 de novembro de 2010

Sávio é o Patrono da Feira do Livro

O quadrinista Sávio Moura foi anunciado oficialmente como o Patrono da Feira do Livro de 2010, daqui de São Luiz Gonzaga, pelo setor da Prefeitura que organiza o evento. Sobre isso, conferir no site do próprio homenageado (clicar aqui), bem como no Guia São Luiz, Blog do Márcio Greff,  e Jornal A Notícia.
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Sávio é autor da obra "É dura a vida no campo", composta de tiras sobre dia-a-dia campeiro aqui das Missões, mais especificamente ali por perto do Rincão de São Pedro, aqui em São Luiz, onde se localiza a propriedade rural do Chiru Velho e Dona Palometa, na qual trabalha o peão Virso, namorado da Palometa. Os "humanos" são o tempo todo analisados, e ridicularizados, até, pelos "bichos" do sítio, liderados pelo anarco-oportunista Porco.
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Além de Patrono da Feira, que será realizada na Praça da Matriz, entre 1º e 5 de dezembro, Sávio estará autografando terceiro volume da série.
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Não quero ficar aqui "gavando" o Sávio, até porque ele é meu irmão. Mas para mim, que acompanho muito cartuns, quadrinhos, tiras, charges, etc., é  que melhor surgiu no Rio Grande do Sul nos últimos anos.
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Além dos livros, Sávio publica seu trabalho no Jornal A Notícia, e em vários outros jornais do interior do Estado.
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Adiante, algumas tiras que selecinei, postadas com autorização do autor.
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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Temo muito acadelado ...

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Esta postagem foi livremente inspirada no Diário Gauche de hoje (ver aqui). E viva o Mano Lima, que na verdade é um filhote de lobisomem, criado guaxo, como pode se confirmar aqui.
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domingo, 21 de novembro de 2010

Aborto em São Luiz Gonzaga?

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A tira é do Kayser, que eu admiro cada vez mais, e foi feita para o Sindiágua. Haverá aborto aqui em São Luiz Gonzaga, com a eleição do Tarso e a ressurreição (espera-se) da Corsan?
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sábado, 13 de novembro de 2010

Todo poder ao Tiririca (e ao Protógenes também)

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Estava torcendo muito para que o Tiririca saísse bem no exame de proficiência em lingua portuguesa. Ele conseguiu, ainda bem.
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Essa campanha contra o comediante  mais engraçado do país (e pior cantor do mundo) era uma clara artimanha para retirar o Delegado Protógenes da Câmara Federal. Da mesma maneira, tem o mesmo objetivo, aquele processo no qual Protógenes foi condenado, recentemente, em São Paulo, por "violação de sigilo funcional", por ter convidado repórteres a filmar uma tentativa de suborno, supostamente realizada a mando do banqueiro Daniel Dantas.
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Se ele filmando, e passando em rede nacional, já levou todo esse contra-pedal, imaginem se ninguém tivesse visto as imagens ... não dá nem para pensar no que teriam feito com Deputado neo-comunista.
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Só por ter carregado o Protógenes para a Câmara, onde terá tribuna e imunidades, e vai sacudir muita sujeira atualmente escondida debaixo dos tapetes, o Tiririca já justificou o mandato.
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Aliás, só por isso não ... por fazer a grande mídia pagar um baita dum mico, e fazer papel de abestado, também ...
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Por uma lombada eletrônica

Hoje escutei, pela Rádio, um bom trecho da reunião semanal da Câmara de Vereadores aqui de São Luiz Gonzaga. E o tema que gerou mais discussão foi, como outras vezes, a necessidade de modificações no Trevo principal de acesso à cidade, na BR 285.
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Esse assunto volta e meia toma conta da pauta, e com razão, pois é um problema seríssimo de nossa cidade.
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Para quem não conhece a história, o problema é que o Trevo fica numa confluência que centraliza três grandes afluxos de veículos.
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De um lado, o acesso mais movimentado de São LUiz, pela Rua São João, que faz ligação direta no Centro. De outro, a RS 168, sentido de quem vem de Bossoroca (e Santiago, Santa Maria, Santana do Livramento, Alegrete, etc.). E para completar, a própria passagem da BR 285, na ligação de Santo Ângelo (e Ijuí, Cruz Alta, Passo fundo e outras cidades, inclusive - e principalmente - Porto Alegre) até São Borja, onde tem a Ponte Internacional com a Argentina (ou, passando pela cidade, o caminho para Itaqui e Uruguaiana).
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Isso sem falar que uns dois quilômetros adiante, ainda no sentido de Bossoroca, a RS 168 "recomeça", sendo acesso a vários municípios da microrregião, especialmente Porto Xavier, onde há uma balsa que liga a San Javier (Argentina), pela qual entram centenas de carretas diariamente no Brasil, com destino ao centro do país (e vice-versa).
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Esse Trevo não foi dimensionado, quarenta anos atrás, para um fluxo tão grande de veículos. Certamente, também não o foi, para a velocidade que os automóveis, caminhões e carretas desenvolvem hoje em dia. E por ser antigo, ainda tem pista simples, e acessos estreitos e curtos.
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E como se não bastasse, está mal localizado, pois fica meio escondido logo após uma subida, para quem vem de Santo Ângelo. Quem chega acelerado, ou dirige veículo pesado, tem grande dificuldade de diminuir a velocidade, pois só dá para notar o Trevo quando se está muito perto.
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Então, grande fluxo de veículos de todos os lados, visualização só muito de perto ... receita certa para desastres. E eles seguidamente acontecem, com muitas e lamentáveis perdas de vida, ao longo de todos esses anos.
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Pois bem, os Vereadores já encaminharam pedidos ao DNIT para que esse Trevo seja modificado, e transformado em uma rótula. Uma boa iniciativa, diga-se. Eles até já fizeram uma comissão e visitaram o órgão, em Brasília, obtendo o compromisso de um Diretor de que a obra seria priorizada. Há uma estimativa, inclusive, de que o custo seria em torno de 3 milhões de reais, recurso disponível no Governo Federal.
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Bueno. Só que sai ano, entra ano, e a obra não acontece. Isso permite críticas ao DNIT, ao Governo Lula, e acaba caindo tudo em cima do PT local, e de nossa Vereadora, a Xuxu.
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Hoje o negócio estava fervendo, pois um município vizinho, Santo Antônio das Missões, bem menos populoso, e cujo acesso é só da BR 285 (trecho São Luiz - Sao Borja) encaminhou o mesmo pedido, e a obra já saiu. Um investimento de um milhão e tanto de reais.
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O Presidente da Câmara, Chiquinho Lourenço (PDT) informou que entrou em contato com o diretor do DNIT que eles tinham visitado, cobrando a obra, e ele teria informado que não saiu porque o Executivo local não encaminhou o projeto, ainda. E a Vereadora Xuxu assumiu o compromisso de fazer esse negócio andar, desde que, claro, a Prefeitura faça a sua parte, que é encaminhar o projeto.
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Sem querer entrar na discussão sobre os culpados, mas com a intenção de colaborar, vou colocar minha colher torta para mexer esse angu.
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O negócio é o seguinte: a obra é imprescindível. Talvez seja o investimento federal mais urgente a ser feito em São LUiz. Isso tem que sair.
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Só que não dá para ficar esperando até o dia em que o Sargento Garcia prenda o Zorro, para que o trabalho seja feito. É preciso fazer alguma coisa, para que as pessoas parem de morrer "de graça" naquele local. Passar por ali já está virando uma roleta-russa.
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Então, minha singela sugestão é que a cidade demande, com urgência, a instalação de duas lombadas eletrônicas no Trevo. Uma para quem vem de Santo Ângelo, outra para quem chega de Bossoroca.
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Não sei quanto custa esse equipamento, mas não deve ser mais que uns cem mil reais cada uma. Mas que seja o dobro, ainda é muito mais barato que a obra, e muito mais rápido para solucionar o problema.
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Velocidade máxima de 40 km por hora, com sinalização algumas centenas de metros antes. Problema resolvido. Depois, construa-se a tal rótula, com calma.
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Dei essa sugestão hoje de tarde, pessoalmente, para nossa Vereadora Xuxu. Mas quero compartilhar com a comunidade. Acho que é bem mais simples e rápido.
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Eu tenho para mim que não dá mais para continuar só no debate de quem são os culpados, esperando o próximo acidente.
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Lombada eletrônica, já!
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domingo, 7 de novembro de 2010

Yeda no país das maravilhas

* Editorial do Sul 21.


A prestação de contas do Governo Yeda Crusius, realizada ontem, é a expressão viva do que foi seu governo: prepotente, egocêntrico e fantasioso.
Yeda Crusius afirmou que “eliminou conflitos”, que manteve relações “excelentes” com os “outros poderes” e estabeleceu uma “relação republicana com os prefeitos municipais”, além de realizar obras e “colocar a casa em ordem”, estabelecendo o “déficit zero” no orçamento estadual.
As frases síntese de sua gestão foram proferidas pela própria governadora: “Não teve uma área em que não alcançamos nossas propostas”; “teríamos que plantar muitas árvores para [poder] colocar no papel tudo o que fizemos nos Programas Estruturantes”; “como Obama, preferi o pão e não o circo [e, como Obama,] levei uma surra nas urnas.”.
Yeda Crusius, ao que parece, ainda não acordou do sonho que a levou ao Palácio Piratini. Ela nunca entendeu as circunstâncias que a fizeram vencedora das eleições de 2006, o que a impede de entender, ainda hoje, o que levou ao fracasso de seu governo e da sua tentativa de reeleição.
Governadora pior avaliada do país, Yeda Crusius julgou-se capaz de reverter o quadro negativo acusando adversários e fazendo-se de vítima. Ainda que tenha se esforçado e realizado a campanha mais cara dentre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, mesmo no exercício do mandato e com a posse da máquina do Estado, Yeda Crusius sequer alcançou os 20% dos votos. Culpa dos eleitores, sem dúvida, a se crer nas palavras da senhora governadora.
Foi a polaridade histórica PT x PMDB, aliada a uma avaliação equivocada da coordenação de campanha de Germano Rigotto, que permitiu a ida de Yeda Crusius ao segundo turno em 2006 e que criou as condições de sua vitória final. Julgando-a mais fácil de ser batida no segundo turno, o PMDB orientou que parcela de seus próprios correligionários votasse na candidata do PSDB no primeiro turno, entendendo que assim Olívio Dutra pudesse ser eliminado. Esqueceram, aqueles estrategistas, que a votação histórica do PT no Rio Grande do Sul ficava na casa dos 33% do eleitorado, o que lhe garantia a ida inevitável aos segundos turnos, ainda que o impedisse de alcançar a vitória nos segundos turnos, como já havia ocorrido em 2002.
Yeda Crusius foi conduzida, portanto, pelos próprios adversários ao segundo turno de 2006, muito mais do que pelo fato de que ela representava “o novo” ou um “novo jeito de governar”. Claro que o discurso da renovação ajudou, mas o que foi determinante foi que Yeda Crusius apareceu como o(a) tertius, o conhecido terceiro elemento que surge na disputa polarizada e acaba por sair vencedor pela inépcia dos contendores iniciais.
Por vaidade, por prepotência e por fantasia Yeda Crusius nunca entendeu isto. Governou como se tivesse sido eleita por seus méritos. Meteu os pés pelas mãos, como soe acontecer nestas situações. Criou conflitos com adversários e aliados desde antes de sua posse, quando solicitou que o governador que saía encaminhasse propostas de aumento de impostos, rasgando, desde aquele momento, compromissos fundamentais que havia assumido em campanha. Brigou com o vice, ainda na campanha, depois da posse e durante o governo. Hostilizou o funcionalismo, concedeu reajustes salariais elevados para as carreiras de mais altos vencimentos e concedeu aumentos pífios para os pior remunerados.
Realizou, sim, algumas conquistas importantes, como o enfrentamento do déficit orçamentário, o pagamento dos fornecedores e a relação mais equilibrada com os prefeitos municipais. Faça-se justiça. Mas, além de não ter gerado o tão propalado “déficit zero”, só pagou em dia os fornecedores porque realizou pouquíssimas obras e atendeu grande parte das reivindicações dos prefeitos porque lançou mão dos recursos obtidos pela venda de ações do Banrisul, desviando, assim, para o caixa do governo, recursos que deveriam ser aplicados para a composição de um fundo de estabilização do Estado do Rio Grande do Sul.
Um pouco de realidade não faz mal a ninguém, principalmente a um(a) governador(a).
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terça-feira, 2 de novembro de 2010

A próxima capa da Veja

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Essa eu copiei do Tudo em Cima, blog de André Lux, lá de Jundiaí, São Paulo.
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Mesmo sabendo  tudo o que o Aécio signigica - e significará - na oposição ao futuro Governo Dilma, achei bem lindo o troco do neto do Tancredo às sacanagens que o Serra armou (jogo sujo, mesmo) para afastá-lo da disputa presidencial, ano passado.
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Nada como um dia depois do outro, com uma noite no meio.
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sábado, 30 de outubro de 2010

Dilma lá!

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500 anos esta noite

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De onde vem essa mulher
que bate à nossa porta 500 anos depois?
Reconheço esse rosto estampado
em pano e bandeiras e lhes digo:
vem da madrugada que acendemos
no coração da noite.
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De onde vem essa mulher
que bate às portas do país dos patriarcas
em nome dos que estavam famintos
e agora têm pão e trabalho?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem dos rios subterrâneos da esperança,
que fecundaram o trigo e fermentaram o pão.
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De onde vem essa mulher
que apedrejam, mas não se detém,
protegida pelas mãos aflitas dos pobres
que invadiram os espaços de mando?
Reconheço esse rosto e lhes digo:
vem do lado esquerdo do peito.
Por minha boca de clamores e silêncios
ecoe a voz da geração insubmissa
para contar sob sol da praça
aos que nasceram e aos que nascerão
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De onde vem essa mulher.
Que rosto tem, que sonhos traz?
Não me falte agora a palavra que retive
ou que iludiu a fúria dos carrascos
durante o tempo sombrio
que nos coube combater.
Filha do espanto e da indignação,
filha da liberdade e da coragem,
recortado o rosto e o riso como centelha:
metal e flor, madeira e memória.
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No continente de esporas de prata e rebenque,
o sonho dissolve a treva espessa,
recolhe os cambaus, a brutalidade, o pelourinho,
afasta a força que sufoca e silencia
séculos de alcova, estupro e tirania
e lança luz sobre o rosto dessa mulher
que bate às portas do nosso coração.
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As mãos do metalúrgico,
as mãos da multidão inumerável
moldaram na doçura do barro
e no metal oculto dos sonhos
a vontade e a têmpera
para disputar o país.
Dilma se aparta da luz
que esculpiu seu rosto
ante os olhos da multidão
para disputar o país,
para governar o país.
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Por Pedro Tierra. Brasília, 31 de outubro de 2010.
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* Copiado e colado do Aldeia Gaulesa
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