domingo, 20 de dezembro de 2009

O discurso de um "analfabeto"

O rabiscador de garatujas do PRBS, Marco Aurélio, não se sabe se com a intenção de fazer graça (o que raramente consegue), ou de puxar mais um pouco o saco de seus patrões, ofendeu mais uma vez o Presidente Lula, na Edição de hoje do jornal Zero Hora.

Primeiro, colocou uma frase-título no seu latifúndio improdutivo dominical: "O ensino no Brasil tornou-se obrigatório após os cinco anos. O Lula está há sete, e nada."

É uma sentença sem sentido, onde uma frase não se liga à anterior, além de não estar ligada a contexto algum, a fato nenhum. Não se entende o porquê da mensagem. Mas fica clara a intenção do garatujador: chamar o Presidente de analfabeto.

Quem é desprovido de talento, como o dito cujo, deveria simplesmente escrever: "O Lula é analfabeto". Daí, pelo menos, facilitaria para entender sua mensagem. Total, graça, não tem mesmo ...

Mais abaixo, o "engraçadíssimo" colunista colocou uma fotografia do Lula entre o Obama e o Lugo, com o título "Emissões", com um balão no qual escrito "Juro que não fui eu".


Em outro contexto, daria até para interpretar como sendo uma crítica aos "Desenvolvidos", no sentido de que não fomos nós quem produzimos o atual estágio de aquecimento global. E que, portanto, não cabe somente ao Brasil se empenhar na solução. Mas a intenção não é essa. A intenção é outra, das mais rasteiras, de colocar o Lula como aquele personagem da piada que solta um "pum".

Mas e a graça? Cadê a graça? Esse tipo de coisa já está me deixando meio "lulista". Me sinto na obrigação de fazer o contraponto.

A despeito dos despeitados, a verdade é Lula é o Presidente que mais criou Universidades Públicas; que bancou o PROUNI, permitindo a milhares de estudantes pobres estudarem em Universidadas privadas (e com isso as está salvando da falência); e que criou dezenas de Escolas Técnicas Federais (talvez a iniciativa mais revolucionária na educação brasileira, ainda não percebida por muitos), além do piso nacional para os professores, da inclusão digital e educação à distância como programas federais, etc.

É preciso ser mais que um "analfabeto soltador de pums" para comandar esse processo.

Os Marco Aurélios da vida usam seus espaços para reduzir a importância de Lula, em um servilismo aos patrões visível e lamentável.

Nunca, jamais, nada do que for realizado, não só pelo Lula, mas também pelo Olívio, pelo Tarso, Raul ou Verle, pela Erundina, pela Marta ou pela Dilma, vai receber elogios dessa gente. Isso é postura de classe dos patrões, obedecida pelos subalternos. Marco Aurélio, Santana, David Coimbra, Ana Amélia, Rosane Oliveira, Túlio Milman, André Machado, todos eles raciocinam pela cabeça do grande patrão burguês.

Mas não adianta. O Lula é o cara. O cara que está mudando este país, e que o mundo aprendeu a admirar. O cara que semana passada foi por quatro vezes interromplido por aplausos, durante quinze minutos de seu discurso final em Copenhague.

Postei adiante os vídeos do discurso histórico, convidando os leitores a terem paciência de baixar e ouvir, ainda que demore um pouquinho. Depois do discurso da posse, em 2003, essa é a talvez fala que mais gostei do Lula, nesses trinta anos nos quais o escuto.

Um discurso aplaudido não por militantes pagos, como nos comícios do PMDB, nem pela claque de cupinchas e CCs dos encontros do PP e PSDB. Tampouco por metalúrgicos do ABC, militantes da CUT, ou fanáticos do PT. Aplausos de Presidentes, Primeiros Ministros, e outros mandatários de todos os países o mundo.

E com um detalhe: o companheiro falou de improviso. Ninguém poderá dizer que apenas leu o discurso escrito por acessores.

Então, não importa o que essas múmias recalcadas escrevam ou rabisquem. Importa é que os cães ladram e a caravana toca em frente.














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