sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Uma injustiça contra Maria do Rosário

Que baita sacanagem essa decisão de rejeitarem o registro de candidatura da Maria do Rosário, devido à existência de dívidas da sua campanha a Prefeita (de Porto Alegre) em 2008.

Para quem não sabe, a candidatura foi recusada porque a prestação de contas da campanha havia fechado com dívidas. O PT Nacional assumiu as dívidas. E os credores aceitaram parcelar os débitos, que, segundo consta, estão sendo pagos em dia. Tudo na forma prevista pela Mini-Reforma Eleitoral (a última).

Só que o TRE-RS resolveu aplicar uma legislação anterior, e entendeu que, como a campanha não fechou as suas contas no zero, haveria uma inelegibilidade.

Essa legislação eleitoral é assim. Eficientíssima. Eu por exemplo, concorri a Prefeito de Dom Pedrito, e minhas contas não fecharam em R$.23,00. Isso mesmo, vinte e três reais.

Era uma compra que fizemos em uma gráfica de Porto Alegre. Contabilizamos a nota fiscal, e emitimos o cheque, que foi remetido à empresa credora. Só que o tal cheque sumiu, e findo o prazo para prestação final de contas, havia a dívida "em aberto", assim como o cheque, emitido mas não descontado, gerando uma diferença no extrato.

Bueno, para resumir, tive que gastar uma grana bem maior que isso, contratando bons contabilistas e advogados para resolver o imbróglio.

A Maria do Rosário é uma grande pessoa. Boa política, lutadora, que representa muito bem seus eleitores. Eu, a Djanira e a Ana Paula, já fizemos campanha para ela. Desta vez, meu voto vai para outra Deputada Federal, em decorrência de acertos políticos. Mas continuo respeitando muito o trabalho da companheira, e manifesto publicamente minha solidariedade.

Enquanto isso, as candidaturas de José Otávio Germano e João Luiz Vargas (para citar só dois dos envolvidos no escândalo do DETRAN), de Pompeo de Matos e dos outros albergueiros ficha-suja, foram aceitas sem restrições.

Mas não dá nada. O TSE vai corrigir isso, e depois a Rosário recupera o stress fazendo uns cento e cinqüenta mil votos, e garantindo a reeleição.
...

2 comentários:

  1. Jânio é um rapaz de vinte anos que foi preso na orla da praia da Cidade de Praia Grande confundido de fazer parte de um grupo de jovens que promoveram um arrastão. Mesmo sem provas ficou preso durante 11 meses. Leide e Francisco a mãe e o pai de Jânio precisaram lutar para provar a inocência do filho, enfrentando a principal dificuldade que esbarra num problema social ainda não resolvido no Brasil.

    "Ser pobre é ser culpado até que se prove ao contrário?"

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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