sexta-feira, 17 de julho de 2009

O apartamento de Olívio

Na última eleição, eu concorri a Prefeito de Dom Pedrito, RS, em chapa-pura do PT. Um dia, o Olívio esteve lá para ajudar na campanha, e demoramos quase três horas para caminhar umas dez quadras, tanta gente juntou para cumprimentá-lo.

Comentei isso no horário eleitoral de rádio, e desafiei minha oponente (tucana) a fazer a mesma caminhada com a Yeda, pois assim, em contato direto com o povo, a Governadora teria a oportunidade de desfazer os boatos maldosos de que sua mansão havia sido foi comprada com dinheiro ilícito.

E arrematei dizendo que eu me orgulhava de caminhar com o Olívio, que mora mo mesmo apartamento de quando era bancário, e não teve seu patrimônio quadruplicado, da noite para o dia.

Pois, por incrível que pareça, minha oponente não defendeu a Yeda, ao contrário, entrou na justiça eleitoral, alegando uma injúria, pois eu estaria associando seu nome ao de pessoas que estavam sendo investigadas (???). E a justiça ainda concedeu direito de resposta, no qual a opositora apenas falou um blá-blá-blá sobre "rebaixamento do nível da campanha", etc.

Hoje eu lembrei disso, lendo no RS Urgente uma postagem justamente com o título "O apartamento de Olívio Dutra", que tomo a liverdade de reproduzir abaixo. A postagem é de Marco Weissheimer. Ver original em
http://rsurgente.opsblog.org/.

"Um leitor do blog envia texto de Adão Oliveira, publicado no Jornal do Comércio, no dia 17 de agosto de 2005. Guarda atualidade:

Ontem (16/08/2005), vi uma foto do ex-governador e ex-ministro Olívio Dutra, tomando chimarrão, espremido na apertada sala de sua residência, na zona norte da cidade. Até aí nada de mais, não fosse o ex-bancário ter ocupado a chefia do Executivo gaúcho e o ministério das Cidades, durante mais de dois anos do governo Lula. Olívio não é mais governador e muito menos ministro, mas continua o mesmo sujeito simples de antes. O missioneiro, que mandou e desmandou em orçamentos altíssimos, não mexeu em nada que não lhe pertencesse. O cofre nunca lhe caiu nos pés. Terminadas as suas tarefas, Olívio voltava para o acanhado apartamento que um dia conseguiu comprar com os parcos salários que recebia como funcionário do Banrisul. Olívio Dutra é, pois, um homem honesto! Nem sei porque estou escrevendo sobre isso, porque eu participo do princípio que honestidade não é virtude. Honestidade é inerente ao cidadão. Não ser honesto é um grave defeito de caráter mas, honestidade, não é virtude. Mas virtude ou não, a verdade é que Olívio Dutra é um homem intrinsecamente honesto."

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