terça-feira, 13 de abril de 2010

Estradas boas, só com Dilma Presidente

Quando eu fui transferido para Dom Pedrito, fiz uma daquelas ligeiras pesquisas no Google para ver o que descobria sobre o Município. Dentre outras coisas, me chamou a atenção uma notícia da época, com repercussão estadual, sobre a morte de um casal em um acidente de trânsito na BR 293, no trecho entre a "Capital da Paz" e Bagé.

Foi uma coisa muito triste. O carro do casal bateu em um buracão na estrada, saiu da faixa e caiu em um alagado. Morreram afogados. Houve muitos protestos sobre as condições da estrada. Daí, quando fui me apresentar no novo local de trabalho, dirigi com atenção redobrada, pois o estado da faixa ainda era lastimável. E o buracão continuava, transpassando de lado a lado a BR.

Em Dom Pedrito, me contaram que a irritação com o estado da BR era tão grande que um vereador local, Sérgio Roberto Vieira (que depois veio a se tornar um bom amigo), fez uma campanha e, junto com outras pessoas, pintou de branco os buracos do caminho até Bagé, para que as pessoas pelo menos pudessem vê-los de mais longe, e desviar.

Eu lembro que conversei sobre isso com meu irmão Floribaldo, e ele comentou que o mau estado das BR era geral. E fez até uma frase sobre o assunto: "Do jeito que as estradas estão, logo vai ter político se elegendo com a promessa de pedágio". Todo mundo odeia pedágio, mas a situação das estradas era tão ruim que, segundo ele, prometer consertá-las a troco de pedágio poderia até render alguns votos.

Isso tudo (a morte do casal, a pintura dos buracos, a precariedade da estrada) foi no ano de 2002, último dos oito anos da Dinastia FHC. Em 2007, já no governo Lula, essa estrada foi recapeada, diminuindo não só o tempo de trajeto, como eliminando os pneus furados e estourados. Na consequência, ficaram raros os acidentes.

Tenho viajado muito pelo Estado de uns três meses para cá. E isso tudo volta a minha cabeça, quando vejo a boa condição atual da maioria das BR.

Por exemplo, no início de abril, viajei de Pelotas para São Luiz. Usei o caminho de sempre: Pelotas, Canguçu, Santana da Boa Vista, Caçapava, Santa Maria, Jaguari, Santiago, Bossoroca, São Luiz. No total, acho que uns 550km.

Era um dia se semana, e quando estava perto de Santiago me dei conta que era a sétima vez que tinha que parar, por conta de obras na estrada. Não dá para deixar de pensar na mudança de tratamento. Enquanto na época do Sarney-Collor-FHC as estradas foram abandonadas, e simplesmente se desmanchavam pela falta de manutenção, agora a maior parte das BR está em obras.

Em Santa Maria, por exemplo, a tranqueira era grande, pois estavam trocando todo o asfalto naquele trecho de Camobi, que sempre foi terrível.

Na semana seguinte, fui e voltei mais uma vez a Pelotas, e, para minha surpresa, o trecho de Santa Maria estava pronto, assim como os outros. Novinho em folha. E houve necessidade de parar em obras na estrada, novamente, mas em outros pontos (três paradas dessa vez), o que demonstra que as obras estão andando rápido, não é só movimentação de máquinas para inglés ver.

Outra coisa que me chamou a atenção é que existem, no caminho, dois pontos de pesagem para caminhões e ônibus. Imaginem isso: agora, há pesagem obrigatória de caminhões nas rodovias federais, o que nunca houve antes na história do país, e vai contribuir significativamente para evitar a deterioração das rodovias.

De outra banda, como dizem os jurisconsultos, sábado passado fui a Cerro Largo, no carro do companheiro Atanásio, para um encontro regional do PT. Não chegamos a andar 500m depois de entrar na RS, quando estouramos um pneu do carro em um buracão. Uma coisa de dar pena, a roda ficou quadrada.

Ainda bem que recém tínhamos entrado na rodovia estadual, e a velocidade não era alta, senão tínhamos ido para o beleléu. Me lembrei na hora daquela outra RS, em Cacequi, que tem o asfalto mais vagabundo do Brasil, e já me faz trocar pneus pelo menos três vezes.

Depois de colocar o estepe, seguimos caminho, notando que perto de Dezesseis de Novembro, e depois, em Roque Gonzales (na mesma RS), também está uma buraqueira danada. Mas, chegando perto de Cerro Largo (São Pedro do Butiá em diante), a faixa está um tapete. Ali, o Trecho é de BR, naturalmente.

Resumindo o raciocínio, para mim, onde as estradas são federais, atribuição portanto do Governo Lula (e Dilma), as obras de manutenção estão sendo feitas. E se o FHC e seus antecessores não tivessem abandonado tudo por pelo menos doze anos, seria bem mais fácil e barato fazer a manutenção, agora, que ter que reconstruir trechos inteiros, como está sendo necessário fazer.

Já nos trechos onde as estradas são estaduais, acumulando agora oito anos de descaso (Governos Rigotto & Yeda), muita coisa ainda está na idade da terra, e os trechos que são asfaltados continuam se esbrugando, dia após dia.

Claro que sempre vai aparecer um boi corneta para alegar que o PT está asfaltando agora por ser ano eleitoral, ou que é para beneficiar as empreiteiras, etc. Eu acho que não. As obras estão sendo realizadas porque são necessárias, e estão sendo feitas agora porque o Lula (e a Dilma) conseguiu finalmente consertar a economia do país (o PT consertou o capitalismo brasileiro), e agora sobra dinheiro para investir na infraestrutura.

Então, esse é um dos motivos concretos para se votar na Dilma. Para que as estradas continuem melhorando.

Se não for ela a próxima presidente, a melhoria das estradas vai dar para trás, porque o modelo dos outros, como se viu, é deixar tudo ao Deus-dará.

Não é um motivo muito filosófico, nem está relacionado com a luta da classe trabalhadora, mesmo porque a luta de classes não se resolve por eleições, mas pela revolução. Aliás, não se pode cobrar do PT, que escolheu a via eleitoral como forma de acesso ao poder, que governe de forma revolucionária.

É simples pragmatismo aplicado.

Eu viajo demais, e preciso de estradas boas. Meu cunhado é carreteiro, viaja demais, e precisa de estradas boas. Outros milhares de brasileiros viajam demais, e também precisam de estradas boas. A própria economia brasileira precisa de estradas boas, para escoar a produção. E produção gera emprego, que gera melhoria de condições de vida, que gera produção ... tudo necessitando de estradas boas.

Mas estradas boas, só com Dilma Presidente.
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