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O clip acima é uma interpretação de "Desde os tempos de Sepé", do Mestre da Cultura Popular Brasileira Pedro Ortaça, nosso conterrâneo.
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Não encontrei vídeos do próprio Ortaça ou familiares cantando essa música. Então, compartilho a versão acima, dos Tauras da Tradição. Com todo o respeito aos Tauras, na interpretação do Ortaça, fica espetacular.
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A letra é seguinte:
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Seu gringo, faça silêncio
Vai cantar um missioneiro
E prá não dar entrevero
E o baile ficar suspenso
Pode guardar seu dinheiro
Que eu vou falar o que penso!
Vai cantar um missioneiro
E prá não dar entrevero
E o baile ficar suspenso
Pode guardar seu dinheiro
Que eu vou falar o que penso!
Lá da América do Norte
Se vieram para os confins
Trazendo a fome e a morte
Muito pior que graxaim
E hoje, por toda parte
Mudam tim - tim por tim - tim
Palheiro tem fumo "lights"
E a bombacha virou "jeans"
Se vieram para os confins
Trazendo a fome e a morte
Muito pior que graxaim
E hoje, por toda parte
Mudam tim - tim por tim - tim
Palheiro tem fumo "lights"
E a bombacha virou "jeans"
Trazem o povo à cabresto
Pela tal televisão
A ganância não tem preço
Nessa maldita invasão
Viram o mundo do avesso
Pesticida, poluição
E se dizendo progresso
Querem domar o galpão
Pela tal televisão
A ganância não tem preço
Nessa maldita invasão
Viram o mundo do avesso
Pesticida, poluição
E se dizendo progresso
Querem domar o galpão
A evolução sem limites
É que arrebenta a represa
Levando tudo que existe
Na força da correnteza
Onde o "tio Sam" dá palpite
Não resta pão sobre a mesa
Pois nenhum povo resiste
À morte da natureza
É que arrebenta a represa
Levando tudo que existe
Na força da correnteza
Onde o "tio Sam" dá palpite
Não resta pão sobre a mesa
Pois nenhum povo resiste
À morte da natureza
Há muito sobem a rampa
Tapados de cerimônias
Nossa conta virou trampa
Sem a menor parcimônia
A mesma história se acampa
Onde a gringada se adona
Estão com um pé na pampa
E as duas mãos no amazonas
Tapados de cerimônias
Nossa conta virou trampa
Sem a menor parcimônia
A mesma história se acampa
Onde a gringada se adona
Estão com um pé na pampa
E as duas mãos no amazonas
Seu gringo, perca o entono
Pois mate não é café
E o cepo nunca foi trono
De misterzinho qualquer
Por isto, não perca o sono
E pode ir dando no pé
Porque esta terra tem dono
Desde os tempos de Sepé
Pois mate não é café
E o cepo nunca foi trono
De misterzinho qualquer
Por isto, não perca o sono
E pode ir dando no pé
Porque esta terra tem dono
Desde os tempos de Sepé
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