É dura a vida de blogueiro amador. Ando bem enrolado, sem tempo para atualizar o blog. Estou até com dificuldades de manter em dia as notícias sobre a privatização da água, pois ocorreram muitos fatos, em poucos dias.
Um parêntese: sobre isso, acho que a situação começa a se reverter, aos poucos. Fecha parêntese.
Então, vai aqui um comentário rápido sobre o Grêmio. Acho que, mesmo perdendo os jogos contra São Paulo, Flamengo, Cruzeiro e Palmeiras, ainda iremos ficar na zona da sub-americana. E como o Colorado provavelmente terminará o campeonato em quinto ou sexto lugar, talvez tenhamos Gre-Nal na competição de consolo das Américas, ano que vem. Daí, não só por isso, mas também por isso, é preciso reforçar o time.
Mas hoje estava ouvido rádio, por puro acaso, e ouvi dois comentários que me revoltaram, ambos atribuídos ao Paulo Autuori.
O primeiro é que será preciso renovar alguns nomes que não teriam competitividade suficiente para se impor em jogos fora do Olímpico. O segundo é que o São Paulo faz anti-jogo.
Pelo amor de Deus. Quem tirou a competitividade do Grêmio foi o próprio Autuori. No primeiro jogo fora, com ele de técnico (não lembro o adversário), o Jonas fez uma falta na nossa lateral esquerda, pois outro jogador havia perdido a bola, e era preciso evitar o contra-ataque. Foi expulso por matar a jogada. Situação normal, do jogo, acho que ele fez o certo, pois deixar o adversário progredir sozinho é que ele não podia. Pois depois do jogo o Autuori fez um baita discurso, só faltou chamar o jogador de irresponsável. E imediatamente sacou o Jonas por alguns jogos do time, como "punição".
Depois, qualquer jogador que levasse amarelo ou vermelho ia direto para o banco. E o discurso da "irresponsabilidade" pegando. Então, todos passaram a jogar um futebol mimoso, com jogos inteiros praticamente sem fazer faltas, pois ninguém quer ser sacado do time. A garra castelhada, que sempre moveu nosso time, desapareceu. E dê-lhe derrotas fora de casa. No Olímpico, a torcida nunca deixou o time se acovardar, mas nos jogos fora prevaleceu o medo de "exagerar" na raça, e perder a titularidade.
E agora, vem o Autuori com esse papo de anti-jogo, exatamente o discurso que sempre usaram contra os times ganhadores do Grêmio.
É preciso lembrar que, segundo a imprensa carioca e paulista, o Grêmio de 1981 fazia anti-jogo. O da Libertadores de Renato e De León, também. O time campeão do Mundo, da mesma maneira. E os times do Felipão e do Tite, segundo o pessoal do centro do país, somente ganhavam fazendo anti-jogo. Mas ganhavam.
E nós sempre defendendo que não, era apenas uma maneira mais viril de jogar futebol. A maneira do Grêmio. o DNA gremista, implantado pelo Foguinho.
Agora, vem esse alienígena falar em anti-jogo, porque, segundo ele, o São Paulo "faz faltas". Ele não percebe que o que nós queremos é um time combativo, um time com jogadores com a personalidade do Dinho. Um time que lute até depois do final do jogo, que não se entregue, não se atemorize, e que passe até por cima até de arbitragens perversas, se for o preciso, como no caso dos Aflitos.
Esse é o Grêmio que todos queremos. Pode até perder, como naquela decisão da Copa do Brasil com o Corínthians, mas com a torcida cantando o hino em reconhecimento ao esforço dos jogadores.
Então, ou o Autuori aterrisa, e entende que é o treinador que tem que se adaptar à história do Grêmio, e não o Grêmio que deve rejeitar sua história para praticar o que ele entende ser "futebol", ou pede o boné e vai embora.
Vai treinar um grupo de balé, não o Grêmio. Saco!
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