* Pescado no Partisan
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A fórmula é antiga na política brasileira.
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Em primeiro lugar você tem que ocupar um cargo público com poder decisório. Quanto mais relevante o cargo, maior o potencial de retorno financeiro ao seu ocupante.
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O segundo passo é estabelecer boas relações com o poder econômico, principalmente com concessionárias e fornecedores do Estado. Lembre-se, é indispensável o alinhamento aos interesses privados. Promova privatizações, concessões, parcerias público privadas, regulamentações que atendam ao interesse privado. O interesse público e nacional deve sempre ficar relegado ao segundo plano. Em primeiro lugar sempre o interesse do "mercado", leia-se das oligarquias dominantes.
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Não se preocupe com o oligopólio midiático. Ele promoverá sua imagem de competência técnica e defenderá suas decisões como "modernas", "acertadas" e "fundamentais para o crescimento econômico" (só não dizem de quem?). Se você conseguir promover privatizações de rodovias, do sistema de saneamento ou de empresas estatais, maior será o retorno do seu investimento. Caso consiga privatizar monopólios naturais (como o setor energético) ou setores estratégicos (como a Infraero) mais sucesso terá nessa carreira. Ocupar um acento no Comitê de Política Monetária (COPOM) ou no Banco Central pode render bons frutos no futuro com os barões das finanças.
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Observados os compromissos anteriores com sucesso e fidelidade aos senhores do "mercado", você estará apto a "realizar consultorias econômicas" e justificar a multiplicação e crescimento exponencial do seu patrimônio. Não se preocupe, a fórmula é certeira independentemente da sua formação profissional. Funciona para todos, médicos, jornalistas, funcionários públicos de carreira, etc.
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A grande questão é saber até quando o povo brasileiro vai tolerar a privatização do Estado.
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